BEM
AVENTURADA MARIA DOMÊNICA MANTOVANI
- (MADRE MARIA JOSEFINA DA IMACULADA) - 1862-1934
Fundou a
Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família. Maria Domenica, primogênita
de quatro irmãos, nasceu em Castelletto de Brenzone, em Verona, no dia 12 de
novembro de 1862.
Teve nos seus pais João Batista Mantovani e Prudência
Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma
família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos.
Frequentou apenas a escola primária, por causa da pobreza da família. Mas a
falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande
senso prático.
Desde criança mostrou sua vocação religiosa e incentivada pelo
avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus.
Casa, escola e
igreja foram os campos que forjaram o seu caráter. Maria Domenica tinha quinze
anos, quando chegou o novo pároco Padre José Nascimbeni, mais tarde também
beatificado.
Desde então ele se tomou o seu diretor espiritual, que intuindo
seu temperamento generoso, a forte vontade de prosseguir na vida da perfeição,
conduziu-a seguro e lúcido, para as mais altas conquistas espirituais.
Ela foi
a sua primeira colaboradora nas muitas atividades paroquiais. Dedicava-se ao
ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres.
Inscrita na Pia União das Filhas de Maria, foi sempre fiel na observância do
Regulamento, tornando-se espelho e modelo para suas companheiras.
Assim, aos
vinte e quatro anos no dia da Virgem Imaculada da Conceição, aos 8 de dezembro
de 1886, na presença do pároco, emitiu os voto de perpétua virgindade,
dedicando-se completamente à Deus e empenhando-se no auxílio ao pároco em todas
as suas iniciativas pastorais.
Quando o Padre Nascimbeni, depois de se
aconselhar com o Bispo, decidiu fundar uma nova família religiosa, encontrou em
Maria Domenica a sua principal colaboradora e que se tornou sua co-fundadora;
junto com outras três jovens.
As quatro fizeram um breve noviciado junto às
Terciárias Franciscanas de Verona e em 1892, emitiram a profissão, iniciando em
Castelletto o novo Instituto chamado " Pequenas Irmãs da Sagrada
Família", cujo nome se tornou o indicativo da orientação apostólica e
espiritual da nova congregação.
Maria Domenica Mantovani mudou o nome para
Maria Josefina da Imaculada e foi escolhida como primeira superiora da casa,
cargo que exerceu até a morte. Ela contribuiu muito na elaboração das
Constituições e na formação das Irmãs.
Colaboração que foi determinante para o
desenvolvimento e expansão do Instituto. Sua obra completou a do Fundador, de
tal forma que se confundiam. A ação dele era intensa, forte, enérgica; a dela
era delicada, escondida, embora também firme.
Ambas se apoiavam em eloqüentes
exemplos e pacientes esperas. Depois da morte do Fundador, em 1922, Maria
Domenica continuou a guiar o Instituto, com ânimo, prudência, grande entrega a
Deus e profundo senso de responsabilidade.
E teve a graça de ver a aprovação
canônica definitiva das Constituições e do Instituto, antes de morrer. Soube
assim que a obra teria continuidade com as mil e duzentas Irmãs espalhadas por
cento e cinqüenta casas filiais na Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina,
Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas atividades apostólicas e
caritativas.
Aos setenta e dois anos de idade Madre Maria Josefina da Imaculada
faleceu depois de breve enfermidade, no dia 02 de fevereiro de 1934. Sepultada no
cemitério de Castelletto de Brenzone; desde 1987 seu corpo incorrupto foi
transladado para o mausoléu, já ocupado pelo Fundador, no interior da Casa-mãe
do Instituto, naquela cidade.
O Papa João Paulo II beatificou Maria Domenica
Mantovani em 2003, destinando sua festa para o dia de seu transito.
São
comemorados, também, hoje: Apresentação do Senhor, Santo Adelbaldo de Ostrevant
(mártir), Santa Adeloga de Kitzingen (virgem), São Columbano de Ghent
(eremita).
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