SETE BRASILEIROS QUE A IGREJA
CATÓLICA PODERÁ PROCLAMAR SANTOS
Atualmente, o
rol de santos brasileiros, natos ou não, conta com São Roque Gonzáles e
companheiros, Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e São José de
Anchieta. Os beatos já são onze, além de dois grandes grupos de mártires, um de
quarenta fiéis e outro de trinta. Boa parte dessas beatificações e canonizações
aconteceram dentro dos últimos 15 anos.
Mas além desses
87 católicos que deram testemunho da santidade de Deus em nossas terras,
há um grande número de brasileiros cujo processo de beatificação está em
andamento ou em vias de se iniciar. Saiba um pouco mais sobre sete daqueles que
podem estar entre os próximos brasileiros a serem beatificados.
João Luiz Pozzobon
Nascido em
1904, João era dono de um pequeno empório quando conheceu o Movimento de
Schoenstatt e o seu fundador, o padre alemão José Kentenich, em 1947, na cidade
gaúcha de Santa Maria. Foi um grande propagador da devoção a Nossa Senhora,
levando a imagem da Mãe Três Vezes Admirável, venerada pelo movimento, a
escolas, prisões, casas e hospitais, rezando o terço com as pessoas, pregando o
Evangelho e ajudando as famílias necessitadas. Casado e pai de sete filhos,
Pozzobon foi ordenado diácono em 1972. Morreu atropelado em 1985. A fase
diocesana de seu processo de beatificação foi concluída em 2009.
Estêvão Tavares Bettencourt
O monge
beneditino carioca foi o responsável pela publicação da revista de apologética
católica Pergunte e Responderemos de
1957 até sua morte, em 2008, aos 89 anos. Nascido em 1919 com o nome de Flávio,
ele assumiu o nome de Estêvão ao entrar no Mosteiro de São Bento do Rio de
Janeiro, em 1936. Doutor em teologia pelo Pontifício Ateneu de Santo Anselmo,
de Roma, dedicou-se a vida inteira ao magistério e à formação segundo a fé da
Igreja.
Zilda Arns Neumann
A fundadora da
Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa morreu em 2010, no terremoto
que devastou o Haiti. Quando se completaram cinco anos de sua morte, uma moção
pedindo a abertura de seu processo de beatificação, assinada por mais de 215
mil pessoas, foi apresentada em uma missa em Curitiba, onde Zilda morava.
Nascida em 1934 em Forquilhinha, em Santa Catarina, a pediatra e sanitarista
fundou a Pastoral da Criança em Florestópolis, no Paraná, em 1983. Hoje, a
pastoral acompanha mais de 1,2 milhão de crianças em 3,8 mil municípios do
Brasil. Casada, Zilda teve cinco filhos e dez netos. Era irmã do recém falecido
cardeal Paulo Evaristo Arns, que foi arcebispo de São Paulo de 1970 a 1998.
Guido Vidal França Schäffer
O processo de
beatificação do jovem seminarista e médico Guido Schaffer’ foi aberto em
2014 pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Guido nasceu em 1974 em Volta Redonda
e morreu enquanto surfava, em 2009, no Recreio dos Bandeirantes, na capital
fluminense. Fundador de um grupo de oração carismático na Paróquia de Nossa
Senhora da Paz, em Ipanema, viu em pouco tempo o grupo chegar a receber mais de
quatrocentas pessoas, que viam nele a Palavra de Deus pregada e vivida. Como
médico, dedicava-se a moradores de rua e portadores de HIV.
Aloísio Sebastião Boeing
Padre da
Congregação do Sagrado Coração de Jesus, conhecidos como dehonianos, o
catarinense Aloísio Boeing nasceu em Vargem do Cedro em 1913 e morreu em
Jaraguá do Sul em 2006. Sua causa de beatificação foi aberta em 2013 pela
Diocese de Joinville. Ordenado padre em 1940, ele foi mestre de noviços e
durante toda a sua vida era muito procurado pelo povo para aconselhamento
espiritual e confissões. No fim da sua vida atendia as pessoas até mesmo
acamado. Fundou a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus.
Cleusa Carolina Rody Coelho
Nascida em 1933
em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, Cleusa ingressou na Congregação
das Missionárias Agostinianas Recoletas em 1952. Por 32 anos, dedicou-se ao
serviço de pessoas com hanseníase, presidiários, crianças de rua e indígenas,
até ser assassinada em Lábrea, no Amazonas, em 1985, por sua proximidade com a
causa indígena. A fase diocesana de seu processo de beatificação foi concluída
em 1993.
Donizetti Tavares de Lima
Padre da
diocese paulista de São João da Boa Vista, Donizetti Tavares de Lima nasceu em
1882 em Cássia, em Minas Gerais. O nome vem da paixão de seu pai pela ópera – a
cada filho deu o nome de um compositor. Como pároco da cidade de Tambaú por 35
anos, de 1926 até sua morte, em 1961, o padre Donizetti atraiu multidões por
seu exemplo de vida pobre e devota e pelas centenas de curas extraordinárias
que aconteciam por sua intercessão. Além disso, como tinha formação em Direito,
ajudava os trabalhadores pobres que eram explorados por empresários e
políticos, o que lhe valeu ameaças de morte. A fase romana de seu processo de
beatificação teve início em 2009.
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