POR QUE É IMPORTANTE O SINAL DA
CRUZ?
Os católicos são criticados por fazer o Sinal da Santa
Cruz. Mas há sólido fundamento nessa prática, como veremos.
A Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz no
dia 14 de setembro. Essa festa origina-se nos primórdios da cristandade, porque
a Morte do Senhor sobre a Cruz é o ponto culminante da Redenção da humanidade.
A glorificação de Cristo e a nossa salvação passam pelo suplício da Cruz.
Cristo, encarnado na Sua realidade concreta humano-divina, se submete
voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado
para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene.
Os Apóstolos resumiam sua pregação no Cristo crucificado
e ressuscitado dos mortos, de quem provém a justificação e a salvação de cada
um. São Paulo dizia que Cristo cancelou “o documento escrito contra nós, cujas prescrições
nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na Cruz” (Cl 2,14). É
por isso que cantamos na celebração da adoração da santa Cruz na Sexta-feira
Santa: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo: Vinde!
Adoremos!”.
O caminho da cruz, da humilhação e da obediência foi o
que Deus escolheu para nos salvar. Por isso, amamos e exaltamos a santa Cruz.
São Paulo resumiu tudo, dizendo aos filipenses: “sendo
ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais,
tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou
soberanamente” (Fl 2,6-9).
Se o Senhor passou por esse caminho de obediência,
humilhação e crucificação, será que, para nós, cristãos (imitadores de
Cristo!), haverá outro caminho de salvação?
Somente pela cruz, que significa morte ao próprio eu, à
própria vontade, para acatar com fé, alegria e ação de graças a vontade de
Deus, poderemos nos salvar. E é o próprio Senhor quem nos diz isso muito
claramente: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia
a sua cruz, e siga-me” (Lc 9,23). “Se o grão de trigo, caído na terra, não
morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24b). Cada um tem a sua
cruz!
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