III DOMINGO DA PÁSCOA – 08.05.2011
“PERMANECE
CONOSCO, POIS CAI A TARDE E O DIA JÁ DECLINA.” (Lc 24, 29).
Diácono Milton Restivo
Era um primeiro dia da semana, portanto, entende-se
como sendo um domingo.
Na sexta-feira anterior haviam acontecido coisas
terríveis em Jerusalém. As
autoridades haviam julgado, condenado e mandado crucificar a Jesus de Nazaré.
Naquele primeiro dia da semana, domingo, no terceiro
dia após a crucificação e morte de Jesus, piedosas mulheres que seguiram a Jesus
por toda a parte a partir da Galiléia durante sua peregrinação transmitindo a
Boa Nova a todas as gentes, ainda de madrugada, se dirigiram ao sepulcro onde tinha
sido colocado o corpo sem vida do Divino Mestre, levando os aromas que tinham
preparado para embalsamá-lo.
Ao lá chegarem, surpresa... O corpo de Jesus não
estava mais no sepulcro; a pedra que fechava a entrada do túmulo havia sido
removida e o túmulo estava vazio: “Mas ao
entrar não encontraram o corpo do Senhor Jesus” (Lc 24,3). Voltaram
correndo até onde estavam reunidos os amedrontados apóstolos e discípulos e
narraram-lhes o ocorrido, mas, porque eram mulheres, não foram levadas a sério:
“... essas palavras, porém, pareceram desvario,
e não lhes deram crédito.” (Lc 24,11).
Os apóstolos e discípulos julgaram que as mulheres
haviam tido alguma alucinação coletiva que poderia facilmente ser explicada
pelos sofrimentos e angústias que passaram por terem acompanhado Jesus em toda
a sua “via crucis”. Mas “Pedro, contudo,
levantou-se e correu ao túmulo. Inclinou-se, porém, viu apenas os lençóis. E
voltou para casa muito surpreso com o que acontecera.” (Lc 24,12).
E, nessa manhã do primeiro dia da semana, três dias
depois da crucificação e morte do Senhor, domingo portanto, dois discípulos de
Jesus caminhavam a pé da cidade de Jerusalém para o vilarejo de Emaús. Estavam
profundamente tristes, desiludidos, cabisbaixos, arrasados, desolados,
reclamando da vida e da sorte. Lucas, o Evangelista, é o único dos escritores
sagrados a narrar essa passagem dos dois discípulos que caminhavam de Jerusalém
para Emaús.
Eram dois os discípulos, mas nos foi passado apenas o
nome de um deles: ”Cleófas” (Lc
24,18), o outro permanece no anonimato; possivelmente o não citado fosse o
próprio Lucas que, talvez por humildade, não tenha feito constar o seu próprio
nome nessa narrativa, porque, à luz da razão, não havia outro motivo plausível
para que fosse omitido o nome do acompanhante e companheiro de Cleófas.
Outra explicação plausível seria que os discípulos fossem
um casal e o discípulo não nominado seria uma mulher e, por isso, foi citado
somente o nome do homem.
E os dois caminhavam tristes, e “... conversavam sobre todos esses acontecimentos.” (Lc 24,14). Comentavam
sobre tudo o que havia acontecido nos três últimos dias na cidade de Jerusalém:
a prisão de Jesus, seu julgamento, sua flagelação, sua crucificação, sua morte
e seu sepultamento.
Estavam terrivelmente desiludidos porque julgavam que
aquele Jesus que havia curado tanta gente, prometido o Reino dos Céus aos “... pobres em espírito,... aos mansos,... aos
aflitos... aos que tem fome e sede de justiça... aos misericordiosos... aos
puros de coração... aos que promovem a paz... aos que são perseguidos por causa
de justiça...” (Mt 5,1-12), que havia prometido tantas maravilhas,
realizado tantos milagres, dando tantas esperanças de dias melhores ao povo
sofrido, enganado e desiludido, julgavam que aquele mesmo Jesus seria a
salvação do país e dos homens.
Aqueles dois discípulos, como tantos outros, chegaram
até a acreditar nisso. Mas essa esperança teve um fim trágico, de desfecho
melancólico, um fim no madeiro de uma cruz...
E como eles estavam desiludidos e decepcionados.
A distância entre Jerusalém e Emaús era de sessenta
estádios, ou seja, equivalente a onze quilômetros e cem metros, precisamente (Lc
24,13).
Os dois, no meio do caminho, conversando dessa
maneira, sem se aperceberem, outro caminhante se aproxima deles alcançando-os
na estrada e inicia uma conversação com eles.
Aquele peregrino caminhante, talvez até sem ser
convidado, começou a participar da conversa de ambos, e lhes perguntou: “Que palavras são essas que vocês trocam enquanto
estão caminhando?” (Lc 24,17).
Os dois discípulos ficaram admirados com essa pergunta
daquele forasteiro porque todo o mundo de toda aquela região não ignorava o que
havia acontecido. Seria possível que alguém, mesmo que fosse um estrangeiro e
forasteiro, não tivesse tomado conhecimento dos acontecimentos trágicos dos
últimos dias? Ao ouvir aquela indagação do estranho, os dois discípulos “pararam com o rosto sombrio. Um deles,
chamado Cleófas, lhe perguntou: Você é o único forasteiro em Jerusalém que
ignora os fatos que nela aconteceram nesses dias?” (Lc 24,17-18).
E qual não foi o espanto deles quando o estranho
insistiu no seu desconhecimento e perguntou: “Quais?” Isso os intrigou mais ainda, e responderam: “O que aconteceu a
Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obra e em palavra, diante de
Deus e diante de todo o povo: nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o
entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.” (Lc 24,19-20).
Esse episódio das Sagradas Escrituras nos reporta a outra
passagem, quando Jesus havia dito: “...
pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio
deles” (Mt 18,20). Os dois discípulos estavam reunidos falando de Jesus e,
de repente, sem mesmo que eles reconhecessem, Jesus colocou-se no meio deles e
começou a participar de suas angústias, desilusões e temores.
Quantas vezes isso acontece conosco no nosso
dia-a-dia; a gente andar triste, desesperado, desesperançado, desiludido,
parecendo que nada mais tem jeito, que o nosso problema é um caso perdido.
Reclamos. Parece que fomos abandonados por Deus nas estradas ensolaradas,
poeirentas e tortuosas da vida. Como os discípulos de Emaús, andamos como se
fôssemos cegos e nas nossas lamúrias não percebemos a aproximação de Jesus e
sua presença, querendo nos ajudar.
Sorrateiramente, como um estranho, o Ressuscitado
aproxima-se de nós, interessa-se pelo nosso problema e quer saber, de nossa
própria boca, o que vai no nosso coração, como fez com os discípulos de Emaús.
Jesus está sempre conosco em todos os momentos de nossa vida, ainda que não
notemos a sua presença.
E os discípulos, ainda cegos pelos olhos da fé,
continuam a falar: “O que aconteceu a
Jesus, Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras diante de Deus
e de todo o povo. Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram
para ser condenado à morte, e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele o
libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que tudo
aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto.
Elas foram de madrugada ao túmulo, e não encontraram o corpo de Jesus. Então
voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está
vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram tudo como as mulheres
tinham dito. Mas ninguém viu Jesus.” (Lc 24,19-24).
Realmente eles estavam decepcionados. Nada mais havia
para ser feito a não ser colocar uma pedra sobre tudo o que havia acontecido,
esquecer tudo o que haviam passado, voltar para suas casas, voltar às suas
atividades profissionais e recomeçar a sua vida de antigamente, aguardando
novamente a vinda do Messias prometido que, pelo jeito, ainda não viera porque,
aquele que se dizia Messias havia três dias que morrera, e, dentro de algum
tempo ninguém mais se lembraria e falaria dele...
A esperada vinda do Messias fora um sonho que se
tornara pesadelo, uma linda bolha de sabão que, depois de encantar a todos com
as suas variadas cores, espocara-se no ar...
Não bastasse isso, ainda algumas mulheres queriam
tirar proveito da situação e, histericamente diziam que, ao chegarem ao
sepulcro, não encontraram o corpo do crucificado, acrescentando que tinham tido
visões de anjos vestidos de branco que afirmavam que o Mestre estava vivo, não
estava mais entre os mortos (cf Lc 24,1-8).
A partir dessa altura da conversação Jesus não mais se
conteve e foi tomado por uma santa explosão de indignação ao constatar a
cegueira e falta de fé daqueles dois discípulos, e se deixa levar por uma santa
ira: “Insensatos e lentos de coração para
crer tudo o que os profetas anunciaram! Não era preciso que o Cristo sofresse
tudo isso e entrasse na sua glória?” (Lc 24,25-26). Para despertá-los na fé
e chamá-los à luz da credibilidade, Jesus Ressuscitado começou a explicar-lhes
as Escrituras, possivelmente começando por Moisés, passando por todos os
profetas do Antigo Testamento que anunciaram a vinda do Messias, falando de
Miquéias, Ezequiel, prolongando-se mais em Isaias que anteviu todo o
sofrimento, paixão e morte do Salvador, referindo-se também ao grande rei e
profeta Davi que escreveu o Salmo que, no ápice de todos os sofrimentos
imagináveis e nos estertores da morte o crucificado repetira na cruz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”
(Sl 22 (21),2), enfim de todas as passagens que falavam e preparavam o povo
para a Boa Nova, a vinda do Messias, comparando-as com os ensinamentos, a
doutrina, a vida e a morte do crucificado.
Apesar de não terem entendido quase nada do que Jesus
dizia, eles ficaram admirados com o conhecimento e a sabedoria daquele
peregrino que ainda desconheciam ser o próprio Jesus Ressuscitado. E andaram
grande parte dos sessenta estádios ouvindo o peregrino e tão admirados e
interessados que estavam naquilo que falava que nem notaram que haviam chegado ao
seu destino e, “Aproximando-se do povoado
para onde iam, Jesus simulou que ia adiante. Eles, porém, insistiram, dizendo:
Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina.” (Lc 24,28-29).
Jesus Ressuscitado não se fez de rogado e aceitou o
convite de hospedagem feito pelos dois discípulos, “e entrou para ficar com eles. E, uma vez à mesa com eles, tomou o
pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles. Então seus olhos se
abriram e o reconheceram; Ele, porém ficou invisível diante deles.” (Lc 24,
29-31).
Não podemos deixar passar despercebida essa passagem
dos dois discípulos de Emaús: com eles o Ressuscitado celebra a primeira Missa
depois de sua última ceia e instituição da Eucaristia.
Na instituição da Eucaristia, primeiro Jesus pregou a
Palavra para, depois, pela Palavra, instituir a Eucaristia. Com os discípulos
de Emaús, primeiro Jesus celebrou a liturgia da Palavra citando todo o Antigo
Testamento que falava do Messias. Jesus proclama a Palavra e está presente na
Palavra. Depois de estar presente na Palavra, proclamar a Palavra, ser a
Palavra e celebrar a liturgia da Palavra, Jesus celebra a liturgia eucarística,
partiu o pão.
Jesus celebra a Eucaristia e está presente na
Eucaristia.
Da mesma maneira que Jesus está na Palavra, ele é a
Palavra.
Não pode existir diferença entre a Palavra e a
Eucaristia porque, em ambas, Jesus está presente. Não há como celebrar a Eucaristia sem antes celebrar a Palavra, e a
Eucaristia é fruto da Palavra, pois não haveria Eucaristia se o presbítero não
repetisse as Palavras de Jesus da última ceia, quando disse: “façam isso em memória de mim” (Lc 22,19; 1Cor 11,25).
Não se pode desvincular a
Palavra da Eucaristia e nem a Eucaristia da Palavra. Ambas é Jesus presente
porque “a Palavra se fez homem e veio habitar entre nós” (Jo 114).
O mesmo respeito e
veneração que se deve à Eucaristia, deve-se à Palavra.
Os primeiros cristãos, antes do partir ao pão
celebravam a Palavra ouvindo os ensinamentos dos Apóstolos, tornando Jesus
presente entre eles, para depois de terem se alimentado da Palavra, alimentarem-se
do pão eucarístico, que é Jesus presente entre eles (cf At 2,42ss).
Se não houver
antes a partilha da Palavra não pode haver a partilha do pão. Não foi isso que
Jesus fez com os discípulos de Emaús?
Ele mesmo é a Palavra, ele mesmo é a Eucaristia.
Da mesma maneira que o
Cristo está no “partir o pão”, na Eucaristia, o Cristo está na Palavra, como
dizia Agostinho, bispo de Hipona (354-430): “a Palavra de Cristo não é menos que o
Corpo de Cristo” e “bebe-se o Cristo no cálice das Escrituras como no cálice Eucarístico”.
Parafraseando Agostinho, a
Palavra não é menos que a Eucaristia e nem a Eucaristia é menos que a Palavra
porque, da mesma forma que o Cristo está na Palavra e é a Palavra, o Cristo
está na Eucaristia e é a Eucaristia. Não pode se alimentar da Eucaristia aquele
que não se alimentou da Palavra. O Cristo não se faz presente se não for na
Palavra; o Cristo não se faz presente se não for na Eucaristia. Depois de ouvirem a Palavra e participarem da partilha
do pão, a Eucaristia, os dois discípulos reconheceram e começaram a ver Jesus
Ressuscitado através dos olhos da fé.
Para sentirmos o Ressuscitado ao nosso lado precisamos
olhar a vida e os acontecimentos com os olhos da fé. Se encararmos tudo e tudo
for olhado com os olhos da fé, chegaremos ao entendimento que não existe
ressurreição se não passarmos pelo Calvário; não existe transfiguração se não
passarmos pela cruz e não existe vida em abundância se não passarmos pelo
esquecimento e pelo silêncio de um túmulo vazio.
O Ressuscitado, para abrir-lhes os olhos e chamá-los à
luz da fé, começou por evangelizá-los e declinar-lhes todos os profetas a
partir de Moisés, que preconizaram a vinda do Messias e, por isso, precisou
dar-lhes um chacoalhão: “Insensatos e
lentos de coração...” (Lc 24,25).
Também conosco, a partir do momento em que começarmos
a ver tudo com os olhos da fé e, como os discípulos de Emaús, deixarmos de ser
cegos e nos abrirmos para a verdade, diremos a Jesus como eles disseram: “Permanece conosco, pois cai a tarde e o
dia já declina.” (Lc 24,29), e aí sentiremos o nosso coração arder quando
Jesus estiver caminhando conosco, como ardeu o coração daqueles discípulos: “E disseram um ao outro: Não ardia o nosso
coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?”
(Lc 24,32).
A partir desse novo ardor do Espírito Santo em seus
corações, coisas novas começariam a acontecer. A partir desse novo ardor os
discípulos de Emaús sentiram necessidade de saírem de dentro de si próprios e
se viram impelidos por uma enorme necessidade, um desejo imenso de, não se
importando que horas fossem da noite e que contratempos teriam, levar a Boa
Nova do Senhor Ressuscitado a todos os outros discípulos e apóstolos e, “Naquela mesma hora levantaram-se e voltaram
para Jerusalém. Acharam ali reunidos os onze e seus companheiros, que disseram:
É verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão! E eles narraram os
acontecimentos do caminho e como o haviam reconhecido na fração do pão.” (Lc
24, 33-35).
E esse Senhor Ressuscitado que caminhou incógnito com
os discípulos de Emaús e que caminha conosco no nosso dia-a-dia é o mesmo
Senhor que ressuscitou dos mortos e que, com sua presença, permanece no nosso
meio, cumprindo a sua promessa: “E eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt
28,20), e é esse mesmo Senhor, agora ressuscitado, quem nos diz: “Eu vim para que tenham a vida, e a tenham
em abundância.” (Jo 10,10), que vem nos trazer a vida nova, a vida em
abundância, a vida que não se acaba mais.
Pudéssemos nós, assim como os discípulos de Emaús,
sentir sempre a presença do Senhor Ressuscitado no nosso meio e, como eles, com
a força e o ardor de coração que o Espírito Santo nos investe, testemunhar a
todos os irmãos que “A este Jesus Deus o
ressuscitou, e disto nós somos testemunhas.” (At 2,32). É interessante que
os dois discípulos conversaram com Jesus longo tempo e não o reconheceram;
somente depois quando eles chegaram a seu destino e convidaram o Senhor para
jantar e pernoitar com eles e, quando Jesus, na mesa, partiu o pão, foi que
descobriram que aquele peregrino que caminhou com eles por muitos quilômetros e
longo tempo, e que falou com tanta sabedoria das Escrituras, era o próprio
Senhor Jesus Ressuscitado, e exatamente nesse momento Jesus se torna invisível,
desaparece de suas vistas. E eles afirmaram que “... o haviam reconhecido na fração do pão.” (Lc 24, 35).
Esse “partir o pão”
tem um significado muito especial.
Todas as vezes que, nos Santos Evangelhos, vemos que
Jesus partia o pão, estava acontecendo alguma coisa muito especial. Partir o
pão é “doar-se!” Partir o pão é “evangelizar!” Partir o pão é transmitir a
palavra de Deus aos famintos da verdade.
Quantas vezes caminhamos tristes pela vida, sem
esperanças, desconsolados, e nem notamos que o Senhor Jesus caminha ao nosso
lado. Quando abrimos as Escrituras e nos saciamos das verdades do Senhor ali
contidas e distribuímos esse pão da verdade aos nossos irmãos, nos sentimos
reconfortados, unidos; sentimos a presença amiga, reconfortadora e
indispensável do Senhor Jesus, o Ressuscitado, que nos conforta, ampara e nos
dirige.
É no ouvir a Palavra e no partir do pão da verdade que
reconhecemos Jesus Ressuscitado.
Ouvir a Palavra e repartir o pão da verdade é dar de
comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os
doentes (cf Mt 25,31-46), orar pelos pecadores, consolar os aflitos e
desesperados, conduzir para o bom caminho os extraviados pelas estradas da
existência.
Ouvir a Palavra e repartir o pão, no sentido cristão,
é socorrer os irmãos em suas necessidades, tanto materiais como espirituais. E
somente chegaremos à conclusão da extensão das maravilhas e satisfação desse
ouvir a Palavra e desse repartir o pão quando sentimos aquele ardor no coração
que vem do Espírito Santo, assim como sentiram os discípulos de Emaús e tantas
outras personagens santas das Sagradas Escrituras e de todos os tempos.
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