SÃO
PEDRO DE VERONA -1205-1252
Pedro nasceu
em Verona-Itália no ano de 1205.
Seus pais eram hereges maniqueus, adeptos da
doutrina religiosa herética do persa Mani,
Manes ou Maniqueu, caracterizada
pela concepção dualista do mundo, em que espírito e matéria representam,
respectivamente, o bem e o mal.
Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o menino não só
aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma.
Pedro se
converteu e se separou da família, indo para Bolonha para terminar os estudos.
Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos, onde ele logo foi aceito,
recebendo a missão de evangelizar. Foi
o que fez, viajando por toda a Itália, espalhando suas palavras fortes e um
discurso de fé que convertiam as massas.
Todas as suas pregações eram
acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde passava.
E
isso logo despertou a ira dos hereges. Primeiro inventaram uma calúnia
contra ele. Achando que aquilo era uma
prova de Deus,
Pedro não tentou provar inocência. Aguardou que Jesus achasse a
hora certa de revelar a verdade. Foi afastado da pregação por um bom tempo, até
que a mentira se desfez sozinha, e ele foi chamado de volta e aclamado pela
comunidade.
Voltando às viagens evangelizadoras, seus inimigos o
afrontaram de novo tentando provar que suas graças não passavam de um embuste.
Um homem fingiu estar doente, e outro foi buscar Pedro. Este, percebendo logo o
que se passava, rezou e pediu a Deus
que, se o homem estivesse mesmo doente, ficasse curado. Mas, se a doença fosse
falsa, então que ficasse doente de verdade.
O maniqueu foi tomado por uma febre
violentíssima, que só passou quando a armadilha foi confessada publicamente.
Perdoado por Pedro, o homem se converteu na mesma hora. Pedro anunciou, ainda,
não só o dia de sua morte, como as circunstâncias em que ela ocorreria.
E,
mesmo tendo esse conhecimento, não deixou de fazer a viagem que seria fatal. No
dia 29 de abril de 1252, indo da cidade de Como para Milão, foi morto com uma
machadada por um maniqueu que o emboscou.
O nome do assassino era Carin, que,
mais tarde, confessou o crime e, cheio de remorso, se internou como penitente
no convento dominicano de Forli. Imediatamente, o seu culto se difundiu em meio
a comoção e espanto dos fiéis, que passaram a visitar o seu túmulo, onde as
graças aconteciam em profusão. Apenas onze meses depois, o papa Inocente IV
canonizou-o, fixando a festa de são Pedro de Verona para o dia de sua morte.
Neste dia são lembrados também: Santa Catarina de Sena (virgem e doutora da
Igreja), Santa Antonia, São Paulino de Bréscia (bispo), São Roberto de Molesme
(abade), São Severo de Nápoles (bispo).
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