SANTA
IRENE - +304
Durante o
século IV, época do imperador romano Diocleciano, considerado o mais sanguinário perseguidor dos cristãos, era
proibido que as pessoas portassem ou guardassem escritos que pregassem o
cristianismo.
Todos os livros deviam ser entregues às autoridades para serem
queimados. Irene, ainda jovem, junto com suas irmãs Ágape e Quilônia,
pertenciam à uma família pagã da Tessalônica, Grécia, mas se converteram e
possuíam vários livros da Sagrada Escritura, pois passaram a pregar o
cristianismo.
As três irmãs foram denunciadas e em sua casa foram encontradas
várias Bíblias, por isso passaram a ser perseguidas, para serem levadas ao
interrogatório diante do governador da Macedônia, Dulcério.
Deveriam como os
demais cristãos, submeter-se ao intenso interrogatório, para renegarem a fé em
Cristo.
Mas só se salvariam se idolatrassem os falsos deuses, oferecendo
publicamente comida e incenso a eles, e queimando as suas Bíblias.
Quando os
cristãos se negavam a renunciar a sua fé, geralmente eram queimados vivos,
junto com a Bíblia. Ágape e Quilônia foram encontradas antes.
Presas e interrogadas, negaram-se a adorar
os falsos deuses e confirmaram sua fé. Por isso foram queimadas vivas. O
Martirológio Romano as reverencia dois dias antes.
Entretanto, Irene, que havia escondido grande parte dos livros cristãos
em sua casa, conseguiu fugir para as montanhas, mas foi encontrada no dia do
martírio das suas irmãs, levada a um prostíbulo para ser violada e,
depois, presa.
Lá, porém, por uma
graça, ninguém a tocou. Irene foi, então, submetida a interrogatório,
manteve-se firme em sua profissão de fé.
Condenada pelo governador Dulcério,
foi entregue aos carrascos, que lhe tiraram a roupa, expuseram-na à vergonha
pública e depois também a queimaram viva.
O culto a santa Irene ainda é
muito intenso no Oriente e no Ocidente, e se perpetuou até os nossos dias pelo
seu exemplo de santa mártir, bem como pela tradição de seu nome, que em grego
significa "paz", e é muito difundido em todo o planeta,
principalmente entre os povos cristãos.
A festa de santa Irene acontece em 5 de
abril, dia em que recebeu a palma do martírio pela fé em Cristo, no ano 304.
São lembrados também, neste dia: Bem-aventurado Mariano de La Mata Aparício,
São Vicente Ferrer, Santa Maria Crescencia, Santa Catarina Tomás, São Zeno,
Santo Alberto de Montecorvino (bispo), Santa Etelburga de Lyminge (mãe de
família, abadessa), São Geraldo de Sauve-Majeure (abade), Santa Juliana de
Cornillon (agostiniana, virgem).
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