SANTA EDWIGES
Santa Edwiges da Silésia, nascida Edwiges de Andechs, é conhecida na
Polônia pelo nome de Jadwiga Śląska. Depois da morte do
marido e dos filhos, entrou para o mosteiro e dedicou-se a ajudar os
carentes.
Com seu
próprio dinheiro, construiu hospitais, escolas, igrejas e conventos. Ganhou
fama de protetora dos endividados por ajudar detentos da região, presos por não
terem recursos pagar suas dívidas. Foi proclamada santa 1267.
O dia 16 de outubro é
dedicado a Santa Edwiges, popularmente conhecida como protetora dos pobres e
endividados.
Biografia
Santa Edwiges
nasceu em 1174 na
Alemanha. Filha de Bertoldo
IV da Rovávia e de sua esposa, Inês de Rochlitz,
foi criada em ambiente de luxo e riqueza, o que não a impediu de
ser simples e viver com humildade.
O seu bem
maior era o amor total a Deus e ao próximo. Aos 12 anos,
casou-se com Henrique
I (O Barbudo), príncipe da Silésia (um dos principados da Polônia
medieval e atual região administrativa da Polônia), com quem teve seis filhos,
sendo que dois deles morreram precocemente.
Culta,
inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da formação religiosa dos filhos e do
marido. Mulher de oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor.
Submetia-se ao sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns
legumes secos nos Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e
Sextas-feiras somente pão e água. Isto sempre em quantidade limitada, somente
para atender as necessidades do corpo. No tempo do Advento e da
Quaresma, Edwiges se alimentava só para não cair sem sentidos.
O esposo não
aceitava aquela austeridade. Numa Quarta-feira de Quaresma ele
esbravejou por haver tão somente água na mesa sendo que ele só bebia vinho.
Edwiges então ofereceu-lhe uma taça, cujo líquido se apresentou como vinho. Foi
um dos muitos sinais ou milagres que ela realizou.
Algum tempo
depois Edwiges caiu vítima de uma grave enfermidade.
Foi preciso
que Guilherme, Bispo de Módena, representante do Papa para
aquelas regiões, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seu jejum. A
Santa dizia que isto era mais mortificante do que a sua própria doença.
Dedicou toda
sua vida na construção do Reino de Deus. Exerceu fortes
influências nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na
elaboração de leis mais justas para o povo. Junto com o marido construiu igrejas, mosteiros,
hospitais, conventos e escolas. Por isto, em algumas
representações a santa
aparece com uma Igreja entre as mãos.
Aos 32 anos,
fez votos de castidade, o que foi respeitado pelo marido. Quando ficou viúva,
foi morar no Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, onde sua filha Gertrudes era
superiora. Foi lá que Edwiges deu largos passos rumo à santidade. Vivia com o
mínimo de sua renda, para dispor o restante em socorro dos necessitados.
Ela tinha um
carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas
para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e
as crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e
socorria também os endividados. Em certa ocasião, quando visitava um presídio,
ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as
suas dívidas.
Desde então,
Edwiges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava
também para eles um emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com dignidade,
evitando a destruição das famílias em uma época tão difícil como era aquela do século XIII.
E ainda mantinha
as famílias unidas. Assim, Santa Edwiges, é considerada a Padroeira dos pobres
e endividados e protetora das famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de
1243.
E foi
canonizada no dia 26
de março de 1267 pelo Papa Clemente IV. Como no dia 15 de outubro
celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de Santa Edwiges
passou para o dia 16
de outubro. Modelo de esposa, celibatária e viúva, a Santa não
faltava à Missa aos Domingos, e isto ela pede aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e
auxílio aos necessitados.
São
comemorados também, neste dia: São Geraldo Majela, Santa Margarida Maria
Alacoque e Bem-aventurada Josefina Vannini.
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