BEM-AVENTURADA
FELIPA MARERI - 1200-1236
Felipa
pertenceu à nobre família dos Mareri. Nasceu em 1200, no castelo situado no
povoado de São Pedro do Molito, nos arredores de Rieti, em Nápolis, Itália.
Este pequeno burgo, no período medieval, foi passagem obrigatória da estrada
que de Assis levava a Roma.
Certo dia,
neste castelo, a baronesa Felipa Mareri se encontrou com Francisco de Assis,
que com o ardor da sua palavra a convenceu, como tinha acontecido algum tempo
antes com Clara de Assis, a abandonar as riquezas da casa de sua família, para
se dedicar inteiramente ao Senhor.
Durante quatro
anos, Felipa fez do iluminado irmão Francisco o seu orientador espiritual.
Depois deste período, tomou a resolução de se consagrar a Deus, com tanta
determinação que nem as pressões dos parentes, nem as ameaças do irmão Tomás,
nem os pedidos dos pretendentes, a fizeram mudar de idéia. Inclusive, teve de
seguir o exemplo de Clara de Assis e fugiu de casa. Com algumas companheiras se
refugiou numa gruta nas proximidades da propriedade dos Mareri, hoje chamada
"Gruta de Santa Felipa".
Após três
anos, esta pequena comunidade de "religiosas da gruta" ganhou fama
devido a dedicação e seriedade das religiosas, que além da atividade espiritual
se dedicavam ao atendimento dos doentes pobres, que lhes pediam auxílio. Nesta
ocasião, seus dois irmãos, Tomás e Gentil, foram ao seu encontro e lhe doaram o
castelo de São Pedro de Molito e as terras onde estava construída a pequena
igreja do povoado.
Felipa foi
para lá com suas seguidoras, criando assim uma nova ordem religiosa, que ficou
sob sua direção. A vida da nova Ordem foi organizada segundo o programa traçado
por São Francisco para as Clarissas de São Damião. A observância espiritual do
mosteiro foi confiada ao beato Rugero de Todi, pelo próprio São Francisco.
Sob esta
direção o mosteiro se tornou uma escola de santidade e a fundadora o exemplo da
vida espiritual. A ocupação principal da comunidade era o culto e o louvor a
Deus, a vida litúrgica, a literatura e o estudo da Bíblia. Mas ao lado destas
atividades espirituais, o trabalho de assistência aos doentes foi assumido como
meta do apostolado comunitário. No mosteiro eram feitos os medicamentos para
serem distribuídos gratuitamente aos pobres.
Felipa com o
seu estilo de vida, fez reviver algumas páginas do Evangelho, num mundo que as
tinha esquecido. Ela morreu com fama de santidade no dia 16 de fevereiro de 1236. A sua sepultura se
tornou meta de peregrinação e logo começou a registrar graças e favores
celestiais, concedidos por Deus, pela intercessão desta sua serva.
O Papa
Inocêncio IV, em 1247, beatificou a irmã Felipa Mareri, que se tornou a
primeira religiosa da Segunda Ordem Franciscana, sendo festejada no dia de sua
morte. Em 1706, os seus restos mortais foram trasladados para a Cripta da
capela da igreja do mosteiro e o seu coração que estava incorrupto, colocado
num relicário de prata, onde se mantém até hoje.
São lembrados,
também, neste dia: Bem-aventurado José Allamano, Santo Agano de Airola
(abade), São Faustino de Brécia (bispo),
São Gilberto de Sempringhan (fundador),
Santo Honesto de Mines (mártir),
São João de Santo Domingo (mártir), Santo Onésimo.
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