SÃO
PORFÍRIO DE GAZA - 347-420
Porfírio teve
muitos fatos prodigiosos em sua vida que começou em Tessalônica, na Grécia,
onde nasceu no ano 347. Ele já era formado nas ciências quando, aos trinta e um
anos, decidiu viver no deserto de Scete, no Egito onde se tornou um eremita e
ficou por cinco anos. Depois visitou os lugares santos de Jerusalém e se
estabeleceu às margens do rio Jordão, por outros cinco anos. Nessa ocasião
conheceu o discípulo Marcos e se juntou à ele na evangelização. Mas a caverna
onde residia era tão insalubre que Porfírio ficou muito doente, tendo que
voltar a Jerusalém.
Recebeu então
a notícia da morte dos pais, de quem tinha grande herança para receber. Mas,
ele decidiu continuar pobre e mandou que todos os bens fossem divididos entre
os pobres de sua terra natal. Depois, Porfírio teve um desmaio em Jerusalém e,
de repente, viu-se frente a frente com Cristo crucificado, tendo ao seu lado o
bom ladrão, Dimas. Jesus mandou que este levantasse Porfírio do chão, depois
desceu Ele mesmo da cruz e deu-a ao santo, ordenando-lhe que cuidasse dela. Ao
voltar do desmaio, Porfírio estava curado. A ordem recebida na visão foi
aplicada por João, bispo de Jerusalém, que nomeou Porfírio como "guarda do
santo lenho".
As notícias
sobre as graças e prodígios que aconteciam com ele se espalharam e os
sacerdotes de Gaza, após a morte do bispo, pediram que Porfírio assumisse o
posto.
A sua modéstia o impedia de aceitar, mas tantos foram os pedidos e a
insistente atuação dos pagãos idólatras era tão intensa na cidade, que ele
acabou concordando. Existia em Gaza um grande templo para adoração das
divindades pagãs. Os infiéis, sabendo da decisão de Porfírio de combatê-los,
planejaram matá-lo. Entretanto, o bispo acabou vencendo todos os inimigos pela
fé.
Uma seca
violenta assolou a região e os agricultores, desesperados, faziam muitos
sacrifícios nesse templo, pedindo chuva aos deuses pagãos. Nenhuma gota de água
caía do céu. Porfírio ordenou então, um dia de jejum. Depois comandou uma
procissão de penitência à uma capela situada na periferia da cidade. Mal
terminou a procissão, a chuva começou a cair, abençoada e insistente. A partir
daí, a maioria dos pagãos passou a se converter.
Porém,
sobraram ainda alguns poucos pagãos para tramar a morte do bispo Porfírio.
Aconteceu, porem, que o imperador também passou a ficar contra os pagãos e o
bispo conseguiu autorização para derrubar o templo pagão que estava instalado
na diocese de Gaza. Ficou na cidade apenas uma última estátua pagã, a da deusa
Vênus. Certo dia, o bispo colocou-se diante dela e a estátua desmoronou
sozinha, formando dezenas de pedaços. Era o que faltava para que mais pagãos se
convertessem.
A fama de
santidade acompanhou o bispo Porfírio até sua morte, em 26 de fevereiro 420,
aos setenta e três anos de idade, quando, depois dos vinte e cinco anos de
episcopado, quase não havia pagãos na sua querida diocese de Gaza.
São lembrados
também, neste dia: Santa Paula Montal Fornés de Calazans, Santo Alexandre do
Egito, Santo Agrícola de Nevers (bispo), Santo Alexandre de Alexandria (bispo),
Santos Papias, Diodoro, Conon e Claudiano (mártires da Panfília, na Ásia
Menor).
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