SÃO
GABINO - +296
Gabino nasceu
na Dalmácia, atual Bósnia , numa família da nobreza romana cristã, radicada
naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se
aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta
cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu
ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à
Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos,
eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e
executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua
das perseguições.
Segundo os
registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador
Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora,
não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não
cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio,
que fora eleito papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava,
devido as tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência.
Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo,
apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada
serviu, pois o final foi trágico para todos.
Quando começou
esta perseguição, verificamos pelos registros encontrados que o padre Gabino,
não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou
com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa
em casa, de templo em templo, animando e preparando, os fiéis para o terrível
sacrifício que os aguardava.
Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia
nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as missas rezadas por ele
em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam
martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi
sacrificada.
Gabino foi
torturado, julgado e como não renegou a fé, foi condenado à morte por
decapitação. Antes da execução, o mantiveram preso numa minúscula cela sem luz,
onde passou fome, sede e frio, durante seis meses, quando foi degolado em 19 de
fevereiro de 296, em Roma.
Ele não foi um
simples padre, mas sim, um marco da fé e um símbolo do cristianismo. No século
V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta, tornou-se uma grande
basílica. Em 738, o seu culto foi confirmado durante a cerimônia de traslado
das relíquias de São Gabino, para a cripta do altar principal desta basílica,
onde repousam ao lado das de sua santa filha.
No século XV,
a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e arquiteto Bernini,
sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes na cidade do
Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
É comemorado,
também, neste dia: Padre José Aantonio de Maria Ibiapina (Padre Ibiapina,
venerado no nordeste brasileiro), Santo Álvaro de Córdoba
(presbítero), Santo Auxíbio de Chipre ( bispo, foi batizado por São Marcos,
evangelista, e consagrado por São Paulo como primeiro bispo de Soli).
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