DOENTES, OS AMADOS DO PAI
Quando lemos os Santos Evangelhos,
verificamos que Jesus Cristo jamais passou por um doente sem lhe dirigir uma
palavra, sem olhar para ele com carinho sem procurar aliviar as suas dores, sem
lhe dar esperanças de dias melhores.
Quando Jesus Cristo encontrava um
doente, ou um doente o procurava, jamais o doente partia da mesma maneira como
chegara; Jesus Cristo o transformava, o consolava, o curava.
Podia ser tanto doente do corpo como
da alma.; e normalmente somos mais doentes da alma do que do corpo. Cristo
sempre procurou estar com os doentes para restabelecer a saúde, para dar a
vida, porque foi ele mesmo quem falou: “Eu vim para que vocês tenham vida, e
a tenham em abundância...” “...quem crer em mim, viverá eternamente...”.
É muito difícil existir uma família
onde não se tenha uma pessoa doente.
Doente é uma pessoa amada por Deus, é
uma pessoa que sofre por aqueles que não sabem sofrer; é uma pessoa que
sofre para a salvação de sua família,
para a salvação de pessoas que ele conhece e até de pessoas que ele não
conhece, que ele nunca ouviu falar.
Os doentes são as pessoas que mantém a
humanidade unida a Deus, porque, é através do sofrimento que nos purificamos e
é através do sofrimento dos nossos doentes que todos nos elevamos até Deus.
Os doentes são as pessoas que
continuam por todo o tempo o sacrifício de Jesus Cristo no Calvário.
Os doentes são os queridos de Deus. E
nós, muitas vezes, damos pouca importância aos nossos doentes. Quantas vezes
ficamos sabendo que um parente, um amigo, um conhecido ficou doente e não nos
preocupamos em visitá-lo; negamos aos nossos doentes uma visita, uma palavra de
conforto, uma presença amiga, uma afirmação de que estamos com eles naquele sofrimento, naqueles momentos
difíceis.
Para uma pessoa doente, internada em
um hospital ou permanecendo em casa, é muito importante para o seu
restabelecimento a nossa presença, a nossa visita, e se isso não ajudar em sua
cura, pelo menos estamos cumprindo uma norma evangélica, um ato de caridade,
uma ação de misericórdia, um ensinamento de Jesus Cristo, porque, através do
sofrimento, Jesus Cristo se faz presente naquele doente, e isso ele confirma
quando diz: “Estive doente e você foi me visitar...”.
Muitas vezes os nossos doentes passam
muitos dias de cama, às vezes até semanas, meses, anos... Quando isso acontece, há a
necessidade de dar ao nosso doente uma assistência religiosa, um conforto
espiritual. Tiago, em sua carta, escreve: “Entre vocês, alguém sofre um
contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante. Alguém dentre vocês
está doente? Mande chamar o sacerdote da igreja para que ore sobre ele,
ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o
Senhor o porá de pé; se tiver cometido pecados, estes serão perdoados. A oração
fervorosa do justo tem grande poder.” (Tg 5, 13-15 e 16).
Quando tivermos um doente grave, ou
que corre risco de vida, ou que já faz algum tempo que está acamado, é muito
importante levar ao conhecimento do sacerdote da nossa Igreja para que ele faça
uma visita e reze para o doente e junto com o doente, e também possa levar o
alimento espiritual que é a Santa Eucaristia que conforta e dá ânimo ao doente
para suportar com amor e resignação seu sofrimento.
E depois que o sacerdote fizer essa
primeira visita ele encarregará um cristão para representá-lo e continuar
levando, de tempo em tempo, a Sagrada Eucaristia para o doente.
Todos nós que temos um doente em casa devemos
chamar o sacerdote para dar a esse doente que não pode se locomover ou
dirigir-se até a Igreja, um conforto espiritual, animá-lo na fé, rezar por ele
e com ele e dar-lhe o alimento que cura tanto as doenças do corpo como as
doenças da alma e dá mais ânimo para continua aceitando de Deus o sofrimento
que purifica o mundo.
São comemorados, também, neste dia:
Santo André Corsini, Santa Apolinária do Egito (virgem), São Celso de Antioquia
(mártir), São Marcelino de Ancona (bispo), Santo Adriano de Cantuária (abade).
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