SANTA INÊS
O nome "Agnes", para nós
Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro.
Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que
ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida
na Igreja justamente para se contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos
pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores.
É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Era de família
nobre, descendia da poderosa família Cláudia e desde pequena foi educada pelos
pais na fé cristã. Cresceu virtuosa e decidiu consagrar sua pureza a Deus,
resistindo às investidas dos jovens mais ricos da nobreza romana, desejosos de
seu amor.
Sua existência transcorreu entre os
séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada
contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em
304. Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe
possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos,
o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo".
Santa Inês,
nasceu em Roma no ano de 291 e foi martirizada, nesta mesma cidade, aos treze
anos de idade, no ano de 304. É uma Virgem que deu a sua vida pela sua fé e
pelos seus princípios cristãos, venerada como santa pela Igreja Católica e por
outras denominações cristãs. É a padroeira da castidade, dos jardineiros, das
moças, dos noivos, das vítimas de vilolação e virgens. Sua memória litúrgica se
dá acontece no dia 21 de janeiro.
Inês, ou Agnes,
viveu em Roma, onde foi martirizada. Tinha 13 anos quando foi cobiçada, por sua
extraordinária beleza, riqueza e virtude, pelo jovem Fúlvio, filho do Prefeito
de Roma, Semprônio. Como rejeitou o pretendente
e o convite do casamento, Inês foi levada a julgamento e obrigada a manter o
fogo sagrado aceso de um templo dedicado à Vesta, deusa pagã romana do lar e do
fogo, tendo recusada a fazer isso, dizendo: "Se
recusei seu filho, que é um homem vivo, como pode pensar que eu aceite prestar
honras a uma estátua que nada significa para mim? Meu esposo não é desta terra.
Sou jovem, é verdade, mas a fé não se mede pelos anos e sim pelos sentimentos.
Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos deuses, podem até ficar furiosos, que
eu não os temo. Meu Deus é amor." Por isso foi condenada a ser exposta
nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje praça Navona, onde se ergue a Basílica
de Santa Inês in Agone).
Diz a história
que, introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém
ousou aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu
corpo. Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes
caiu morto, mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou. Temeroso, o
Prefeito Simprônio passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio. Após novo
interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada. As chamas também não
a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles.
Foi por fim
decapitada, a mando do vice-prefeito de Roma, Aspásio. Seus pais sepultaram seu
corpo num terreno próximo da Via Nomentana, onde a princesa Constantina, filha
do imperador Constantino mandou erguer a majestosa basílica de Santa Inês Fora
dos muros, palco de grandes milagres por intermédio da santa virgem.
A história conta
que oito dias depois da morte, apareceu em grande glória aos pais que rezavam
em seu túmulo, segurando um cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e
anjos e anunciou-lhes sua grande felicidade no céu.
Também conhecida
como Santa Inês de Roma ou Santa Agnes, a sua festa canônica realiza-se a 21 de
janeiro. Centenas de igrejas são nomeadas em sua honra. A mais célebre está em
Roma, Sant’Agnese fuorele mura, acima mencionada.
Exames forenses realizados
no crânio da jovem que se encontrava no tesouro de relíquias do "Sancta
Sanctorum" da Basílica de Latrão recentemente comprovam que se trata
realmente de uma menina de 13 anos. Hoje, a cabeça de Santa Inês se encontra na
Igreja de Santa Inês em Agonia (Sant'Agnese in Agone), localizada na
Praça Navona, em Roma.
Nos quadros Inês
é representada frequentemente com um cordeiro junto a si, até porque o seu nome
provém do latim "agnus" (cordeiro) e um lírio, símbolo da pureza.
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