SANTA MARIA, MÃE DE DEUS
No dia primeiro de janeiro, no
primeiro dia de cada ano, a primeira festa litúrgica comemorada pela nossa
Santa Igreja é dedicada à Maria, sob o título de “Mãe de Deus”.
A Igreja começa o ano festejando Maria e a invocando sob o título
de “Mãe de Deus”. Não poderia a Igreja ter feito uma escolha melhor.
Quando festejamos Maria como a “Mãe de
Deus”, estamos adorando ao Senhor Nosso Deus, estamos agradecendo ao Senhor
pela mulher que ele mais amou e que escolheu para ser a sua própria mãe. Muitos
querem negar esse título a Maria.
Os que negam Maria como sendo
verdadeiramente a Mãe de Deus, ainda não foram tocados pela graça de Deus,
porque somente quem é tocado pela graça
de Deus pode dizer que Jesus é o Senhor e que Maria é a mãe do Senhor Jesus, e,
portanto, a Mãe de Deus.
Quem nega que Maria é a Mãe de Deus
está negando a divindade do próprio Senhor Jesus, porque Maria é a Mãe de Jesus
nas suas duas naturezas, humana e divina, e Maria, sendo mãe de Jesus homem é
também Mãe de Jesus Deus, e, portanto, Maria é Mãe de Deus, porque o Senhor
Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Maria foi escolhida por Deus desde
toda a eternidade para ser a ponte que ligaria o Criador às criaturas e,
através desta ponte nos viria a salvação.
E assim, como Jesus que é Deus veio
até nós por meio de Maria, somente por meio de Maria é que chegaremos a Jesus;
foi o próprio Senhor quem escolheu esse caminho para chegar até nós e o
exemplo, quem nos deixa é o próprio Senhor Nosso Deus; se ele escolheu Maria
para chegar até nós, nós também temos de escolher Maria para chegar com mais
facilidade até ele. Jesus confiou em Maria; Jesus se entregou aos cuidados de
Maria durante nove meses em seu ventre virginal e imaculado e durante trinta
anos em sua casa pobre e humilde de Nazaré; e nós devemos nos entregar aos
cuidados de Maria a vida inteira seguindo o exemplo do próprio Senhor Jesus que
a escolheu como Mãe.
Neste mundo nenhuma criatura foi tão
elevada, tão agraciada e tão honrada pelo Senhor Nosso Deus do que a
Bem-aventurada sempre Virgem Maria.
A nossa Igreja a venera e lhe dá todos
os títulos que uma mulher possa ter e receber. Maria
se fez escrava, e o Senhor fez da escrava uma rainha. E, para ser a Mãe de
Deus, Maria foi preparada pelo próprio Senhor Nosso Deus desde a sua concepção
no ventre de sua mãe. Maria foi
concebida sem a mácula do pecado original; em momento nenhum de sua vida,
aquela que deveria ser a Mãe de Deus, esteve, um segundo sequer, sob o poder do
demônio. Maria nasceu isenta do pecado
que é a herança de todos os homens, o
pecado original, e em toda a sua vida jamais cometeu um pecado, por menor que
seja. Aquela que deveria ser a Mãe de Deus não poderia jamais ficar sob o poder
do demônio.
O demônio jamais teve poder sobre
Maria, e Maria é mais poderosa que todos os demônios juntos. Ao nome de Maria
os infernos tremem, ao pronunciarmos nome de Maria os demônios fogem
horrorizados.
Quem se consagra a Maria, quem se
consagra totalmente aos cuidados de
Maria está protegido contra os ataques do maligno, porque, nunca se ouviu dizer
que qualquer pessoa que tenha se consagrado inteiramente a Maria tenha sido por
ela desamparado ou tenha se perdido eternamente, conforme ensinava São
Bernardo.
Maria é a Mãe de Deus, porque Maria é
a Mãe de Jesus, e Jesus é Deus.
Jesus amou Maria com todas as forças
do seu Divino Coração, e nós devemos seguir esse exemplo de Jesus; devemos amar
Maria com todas as forças do nosso coração. É um exemplo que o próprio Senhor
Jesus nos dá e nos incentiva a imitá-lo.
E Maria, sendo a Mãe de Deus,
permaneceu sempre Virgem, porque o Senhor Nosso Deus quis guardar para si,
somente para si, intacto e inviolado aquele corpo onde ele, Deus, foi gerado
como homem, aquele corpo que o protegeu e o carregou por nove meses, aquele
corpo que o formou com sua carne, fez correr em suas veias o seu sangue e o
alimentou com o seu leite materno. Maria é a sempre Virgem, porque nenhum homem
poderia ter tocado aquele corpo que serviu de instrumento e sacrário vivo para
que Deus se tornasse homem e viesse habitar entre nós.
Maria é verdadeiramente concebida sem
o pecado original; Maria é verdadeiramente a sempre Virgem; Maria é
verdadeiramente a Mãe de Deus, quer queiram quer não queiram os inimigos da
Igreja e de Maria, porque, quem negar essas verdades estará negando o grande poder de Deus que fez Maravilhas em
Maria, e por isso o seu nome é santo.
São comemorados, também, neste dia:
São Basílio d’Aix-em-Provence (bispo), São Claro de Saint-Marcel (abade), Santo
Eugênio de Condat (abade), São Félix de Bourges (bispo), São Fulgêncio de Ruspe
(monge e bispo), São Fulgêncio e São Vicente Maria Strambi, Santo Agripino
Frodeberto (bispo), São Justino (bispo), Santo Almáquio (mártir), São Concórdio
(mártir), Santa Beatriz (vrigem), Santa Eufrosina (virgem), Santo Odilon
(abade), São Guilherme (abade).
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