17 DE JUNHO
MARIA DOMÉSTICA
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Desde que
falo de Maria, sempre procurei mostrá-la como a mulher simples e humilde que
foi em toda a sua existência. Sempre procurei mostrar Maria sem mantos de
veludo e coroas cravejadas de diamantes, que foram os próprios homens que
colocaram em suas imagens e que tanto afasta Maria do povo, afasta Maria das
pessoas simples e dos pobres, que são os amados de Jesus Cristo.
E para falar por
um outro prisma de Maria, nada melhor do que pegar as palavras de João Mohama,
quando ele escreve sobre o terceiro encontro de Maria com o seu filho Jesus em
seu livro “Os mais belos encontros de Cristo.”
E, nesse
capítulo, João Mohama começa nos perguntado: “Por acaso, foi apenas a cozinha a área de trabalho, de serviço, de
amor, de encontro com Jesus, nesses trinta anos? Nossa Senhora da Casa talvez
fosse o mais fiel e tudo quanto Maria
nos transmite na escola de Nazaré. O encontro de Maria com Jesus em sua
casa de Nazaré durou trinta anos. E há um estilo de vida nesse encontro. Um
estilo de serviço. Um estilo de trabalho. Um estilo de doação. Um estilo de
amor. Um estilo de santificação. Nossa Senhora do Trabalho. Nossa Senhora do Serviço caseiro.
Nossa Senhora da dedicação. Todos
seriam títulos exatos para quem soube
ser bendita entre as mulheres, num trabalho sem platéia, num serviço sem
auditório; serviço útil, indispensável que, por não trazer aplauso das
multidões pode não atrair aqueles para os quais a vontade de Deus aponta os
bastidores, em vez do palco. Não é fácil passar trinta anos nos bastidores de
uma cozinha, e Maria fez isso, igual as nossas mães pobres e humildes fazem;
não é fácil passar trinta anos em uma máquina de costura ou um tanque de lavar
roupas, e Maria fez isso, igual as nossas mães pobres e simples fazem. Mas, se
é um serviço oculto, nem por isso deixa de ter o seu prazer, quando é o amor
que prepara o pão, que põe o avental, que lava louça, que conserta as roupas
rasgadas. Tudo tem o seu prazer porque o Cristo está ali junto, olhando, e isso
basta... Como eu gostaria de ter sido vizinho de Jesus, Maria e José em sua
pobre casa de Nazaré. Ah! Se eu fosse vizinho eu não sairia dessa bendita casa
para olhar tudo, para contemplar, para aprender, para servir, para crescer. Mas,
se não fui vizinho, da mesma forma sei tudo o que lá aconteceu porque os Santos
Evangelhos me transmitem. A mãe do Filho de Deus é uma simples dona de casa,
uma trabalhadora como qualquer outra... Estou vendo Maria abrindo as janelas de
sua casa pela manhã; estou vendo Maria varrendo o quarto, a varanda, o
corredor, a oficina. Estou vendo Maria limpando os seus pobres móveis. Estou
vendo à beira do fogão de lenha, com os olhos lacrimejantes pela fumaça ardida
da lenha molhada ou ainda meio verde. Estou vendo a Virgem limpando o quintal,
ajudada por seu filho Jesus. Estou vendo a Virgem arrumando a mesa, servindo a
comida, chamando Jesus e José para o almoço. Estou vendo Maria, nas noites de
frio, enquanto tecia mais uma túnica para seu filho, ouvindo Jesus, apenas Jesus,
depois que José foi chamado por Deus. A mãe de Deus foi uma simples dona de
casa, assim como são as nossas mães pobres e humildes”. (itálico, do livro
“Os mais belos Encontros de Jesus” - João Mohama).
São
comemorados também neste dia: São Ranieri de Pisa, Santo Agripino de Como
(bispo), Santo Antídio de Besançon (bispo e mártir), Santo Avito de Micy
(abade), São Besarion do Egito (eremita).
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