21 DE JUNHO
MARIA, OBRA
PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.
“Tudo o que se realizou em Maria foi
por obra do Espírito Santo. A Virgem Maria é aquela mulher que, à sombra da
potência da Santíssima Trindade, foi a criatura mais estreitamente associada à obra da salvação. A Encarnação do
Verbo verificou-se sob o coração virginal de Maria por obra do Espírito Santo. Em
Maria começou a raiar a aurora da nova humanidade que, com Cristo, se
apresentava ao mundo para levar a termo o plano original da aliança com Deus
que foi infringida pela desobediência do primeiro homem. E Jesus Cristo foi
concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria.
“Maria, dando
o seu consentimento à palavra divina, se tornou Mãe de Jesus, e abraçando de
todo o seu coração e sem impedimento algum de pecado a vontade de salvação de
Deus, se consagrou totalmente como serva do Senhor à pessoa e à obra de seu
Filho. E por isso Maria não foi utilizada como instrumento passivo, meramente
passivo nas mãos de Deus, mas cooperou livremente, pela fé e obediência, na
salvação dos homens.” (LG 56).
E é muito
belo que, assim como Maria esperou com essa fé a vinda do Senhor, de modo
semelhante também, neste final do segundo milênio, Maria esteja presente a iluminar a nossa fé nessa perspectiva
de Advento de Jesus Cristo”. (João Paulo II).
E, nessa esperança
de tempos novos, recordemos que a obra de renovação da Igreja não poderá nunca
realizar-se senão no Espírito Santo, ou seja, com a ajuda de suas luzes e do
seu poder. Lembremo-nos, ainda, que “a maior obra realizada pelo Espírito
Santo, obra a qual todas as outras se referem constantemente, indo ela
haurir como a uma fonte, é precisamente
a obra da encarnação do Verbo Eterno, a obra do Espírito Santo no seio da
Virgem Maria.” (João Paulo II).
Maria, por
obra e graça do Espírito Santo, se tornou Mãe de Jesus Cristo e,
consequentemente, Mãe de Deus.
“Cristo,
Redentor do homem e do mundo, é o centro da história; Jesus Cristo é o mesmo ontem,
hoje e sempre.” (Hb 13, 8).
“E, nesse
momento em que os nossos pensamentos e os nossos corações se acham voltados para
Maria na perspectiva do segundo milênio que está para se encerrar e que nos
separa da sua primeira vinda ao mundo, com isso eles se voltam para o Espírito
Santo, por obra do qual se verificou a concepção humana do mesmo Cristo; e se
voltam também para aquela por quem foi concebido e de quem nasceu; voltam-se
para a Virgem Maria.” (João Paulo II).
Assim, os
nossos pensamentos e os nossos corações se voltam de modo especial para o
Espírito Santo e para a Mãe de Deus, Maria.
Glorificamos
a maternidade divina da Virgem Maria, e, simultaneamente, glorificamos a particular
obra do Espírito Santo.
Obra que se
concretizou, quer na concepção e no nascimento do Filho de Deus por obra do
Espírito Santo, quer ainda e igualmente por obra do Espírito Santo na maternidade
santíssima da Virgem Maria. Esta
maternidade não é só fonte e fundamento
de toda a santidade excepcional de Maria e de sua particularíssima participação
em toda a economia da salvação, mas estabelece também um permanente vínculo
materno de Maria com a Igreja, devido ao fato de Maria ter sido escolhida pela
Santíssima Trindade para ser a mãe de Cristo,
o qual é a “cabeça do corpo, que é a Igreja.” (Col 1, 18).
Este vínculo
revela-se, particularmente, aos pés da cruz, onde Maria esteve “padecendo profundamente
com seu Filho Unigênito, e associando-se com coração de Mãe ao sacrifício
dele... Jesus Cristo, que agonizante
na cruz deu Maria por mãe ao seu discípulo, com esta palavras: “mulher, eis ai
o teu filho.” (cf Jo 19, 26-27 - LG 58 - João Paulo II).
(Irmão José
Milson - Marista.)
E é por isso
que devemos sempre repetir: “Salve Santa e Imaculada e Gloriosa sempre Virgem
Maria, Mãe de Deus e Mãe de Igreja. Salve obra maravilhosa do Espírito Santo.
São
comemorados também neste dia: São Luiz Gonzaga, Santo Agofredo de
Saiant-Leufroy (abade), Santo Albino de Mainz (mártir), Santos Ciríaco e
Apolinário (mártires da África), Santa Demétria de Roma (virgem e mártir), São
Albano.
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