03 DE JUNHO
SANTA
CLOTILDE DA FRANÇA, RAINHA E VIÚVA - 475-545
Clotilde
nasceu em Lion, França, no ano 475, filha do rei ariano Childerico de Borgonha.
Mais tarde, o rei, junto com a esposa e três dos seus cinco filhos, foi
assassinado pelo próprio irmão, que lhe tomou o trono. Duas princesas foram
poupadas, uma era Clotilde.
A menina foi
entregue a uma tia, que a educou na religião católica. Cresceu muito bonita,
delicada, gentil, dotada de grande inteligência e sabedoria. Clodoveu, rei dos
francos, encantou-se por ela. Foi aconselhado pelos bispos católicos do seu
reino a pedir a mão de Clotilde. Ela aceitou e tornou-se a rainha dos francos.
Ao lado do
marido, pagão, irrascível, ambicioso e guerreiro, Clotilde representava a
gentileza, a bondade e a piedade cristã. Imbuída da vontade de fazer o rei
tornar-se cristão, para que ele fosse mais justo com seus súditos oprimidos e
parasse com as conquistas sangrentas, ela iniciou sua obra de paciência, de
persuasão e de bom exemplo católico.
Clodoveu, de
fato, amava muito a esposa. Com ela teve três herdeiros, que, infelizmente,
herdaram o seu espírito belicoso. Não se importava que Clotilde rezasse para seu
Deus, em vez de ir ao templo pagão levar oferendas aos deuses pagãos, quando
partia e voltava vitorioso dos combates.
Por outro lado, apreciava os conselhos
do bispo de Reims, Remígio, agora santo, que se tornara confessor e amigo
pessoal da rainha. Com certeza, a graça já atuava no coração do rei.
Foi durante a
batalha contra os alemães, em 496, que ele foi tocado pela fé. O seu exercito
estava quase aniquilado quando se lembrou do "Deus de Clotilde". Ele
se ajoelhou e rezou para Jesus Cristo, prometendo converter-se, bem como todo o
seu exército e reino, se conseguisse a vitória. E isso aconteceu. Clodoveu, ao
vencer os alemães, unificou o reino dos francos, formando o da França, do qual
foi consagrado o único rei. Pediu o batismo ao bispo Remígio, assistido por
todos os súditos. Em seguida, todos os soldados do exército foram batizados,
seguidos por toda a corte e súditos. Ele tornou a França um Estado católico, o
primeiro do Ocidente, em meio a tantos reinos pagãos ou arianos.
Clotilde e
Clodoveu construíram a igreja dos Apóstolos, hoje chamada de igreja de Santa
Genoveva, em Paris. Mas
logo depois Clodoveu morreu. Pela lei dos francos, quando o rei morria o reino
era dividido entre os filhos homens, que eram três.
Foi então que
começou o longo período de sofrimento da rainha Clotilde, assistido por todos
os seus súditos que a amavam e a chamavam de "rainha santa". Os
filhos envolveram-se em lutas sangrentas disputando o reino entre si, gerando
muitas mortes na família. Então, Clotilde retirou-se para a cidade de Tours,
perto do sepulcro de são Martinho, para rezar, construir igrejas, mosteiros e
hospitais para os pobres e abandonados.
Depois de
trinta e quatro anos, a rainha faleceu, no dia 3 de junho de 545, na presença
de seus filhos. Imediatamente, a fama de sua santidade propagou-se. O culto a
santa Clotilde foi autorizado pela Igreja. A sua memória tornou-se uma bênção
para o povo francês e para todo o mundo católico, sendo venerada no dia de sua
morte.
São
comemorados, também, neste data: Santos Carlos Lwanga e companheiros
(mártires), Santa Olívia, São Juan Diego Cuauhtatoatzin, São Cecílio de Cartago
(presbítero), São Davino de Lucca (peregrino), São Genésio de Clermont (bispo).
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