16 DE OUTUBRO
BEM-AVENTURADA JOSEFINA VANNINI - 1859-1911
Giuditta nasceu em 17 de julho de 1859, em Roma, Itália.
Aos sete anos, ficou órfã dos pais, Ângelo Vannini e Anunziata Papi, e foi
separada dos irmãos. O mais novo ficou com um tio; a mais velha, com as irmãs
de São José; e ela foi enviada para o Orfanato das Filhas da Caridade, em Roma,
que a educaram dentro da fé cristã e a prepararam para a vida, com o diploma de
professora.
Aos vinte e um anos de idade, ingressou como noviça das
Filhas da Caridade, em
Siena. Não se adaptando às Regras da Congregação, voltou para
o orfanato como professora. Mas sentia o chamado para a vida religiosa, por
isso cada vez mais rezava e fazia penitências. Em 1891, quando participava de
um retiro orientado pelo padre camiliano Luiz Tezza, agora proclamado santo,
resolveu aconselhar-se com ele. Esse padre estava encarregado de renovar as
Terciárias Camilianas e naquele momento teve uma inspiração: afiançar àquela
jovem a realização do projeto. Giuditta, confiando no sinal dado por Deus,
aceitou a tarefa.
Tão logo se confirmou seu temperamento de fundadora e
religiosa, padre Tezza informou à Ordem dos Camilianos que obtivera a
autorização do cardeal de Roma para dar sequência à iniciativa.
Em 1892,
Giuditta e mais duas religiosas formaram a primeira comunidade da nova família
camiliana. No ano seguinte, vestiram o hábito e ela foi nomeada superiora,
adotando o nome Josefina. As Regras da Congregação foram formuladas e a
finalidade definida: dar assistência aos doentes, em domicílio também.
No final de 1894, eram quatro casas e as dificuldades
financeiras, imensas. Precisavam da autorização definitiva do Vaticano, com
urgência. Naquele ano, o papa Leão XIII havia decidido não aprovar novas
congregações religiosas em
Roma. Para as irmãs tudo parecia perdido. Entretanto madre
Josefina agiu como fundadora e recorreu ao velho conselheiro, padre Tezza. Ele,
contando com o apoio do cardeal de Roma, redirecionou as atividades das
religiosas para uma "pia associação" com dependência total do
cardeal, até a aprovação final. Assim, a Obra pôde continuar.
Em 1900, padre Tezza foi transferido para a América Latina.
E manteve apenas uma correspondência epistolar com a fundadora e a Congregação
até morrer, em 1923, na cidade de Lima, Peru. Porém o distanciamento do
precioso conselheiro não esmoreceu madre Josefina. Ela manteve o ânimo das
irmãs e o peso do recente Instituto. Amparada na segurança da ajuda da Divina
Providência e confiante na fé em Cristo, estendeu a Instituição para várias
localidades da Europa e da América do Sul.
Madre Josefina, mesmo com a saúde debilitada por uma doença
do coração, visitava as novas casas acompanhando as irmãs, com amabilidade e
vigor. Em 1909, depois de tantas resistências, receberam a tão esperada
autorização eclesiástica e tornaram-se uma Congregação religiosa com o título
de "Filhas de São Camilo".
Após alguns meses de sofrimento ocasionado pela enfermidade,
a fundadora morreu em 23 de fevereiro de 1911. Madre Josefina Vannini foi
beatificada pelo papa João Paulo II em 16 de outubro de 1994, data que ele
indicou para a celebração da festa litúrgica em sua memória.
São
comemorados também, neste dia: Santa Edwiges (religiosa), Santa Margarida Maria
Alacoque (virgem), São Geraldo Majela.
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