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DE OUTUBRO
SÃO
CALISTO I – PAPA - +222
"Todo
pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências." A
frase conclusiva é do papa Calisto I, ao se posicionar no combate às idéias
heréticas, surgidas dentro do clero, que iam contra a Igreja. Calisto entendia
muito bem de penitência.
Na Roma do
século II, ele nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, sua sina
de sofrimento continuou. Trabalhando para um comerciante, fracassou nos
negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo
refugiar-se em
Portugal. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e
punido com trabalhos forçados.
Porém foi
nessa prisão que sua vida se iluminou. Nas minas da Sardenha, ele tinha contato
direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao
vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca
perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto se converteu. Depois de alguns
anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre, indo
estabelecer-se na cidade de Anzio, onde adquiriu reconhecimento dos cristãos,
como diácono.
Quando o papa
Zeferino assumiu o governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele.
Deu a Calisto várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou
responsável pelos cemitérios da Igreja. Chamados de catacumbas, esses
cemitérios subterrâneos da via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os
cristãos.
Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam, também,
para cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição.
Calisto começou suas escavações, organizou-as e valorizou-as. Nelas mandou
construir uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta
e seis pontífices e cerca de duzentos mil mártires das perseguições contra os
cristãos. Com a morte do papa Zózimo, o clero e o povo elegeram Calisto para
substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de
escravo.
Hipólito, um
dos grandes teólogos do catolicismo e pensadores da época, era o principal
deles. Hipólito tinha um entendimento diferente sobre a Santíssima Trindade e
desejava que determinados pecados não fossem perdoados.
Entretanto o
papa Calisto I manteve-se firme na defesa da Igreja, rompendo com Hipólito e
seus seguidores, respondendo a questão com aquela frase conclusiva. Anos
depois, Hipólito reconciliar-se-ia com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja
por não negar sua fé em Cristo.
O papa Calisto
I governou por seis anos. Nesse período, concluiu o trabalho nas catacumbas
romanas, conhecidas, hoje, como as catacumbas de são Calisto.
Em 222, ele se
tornou vítima da perseguição, foi espancado e, quase morto, jogado, ainda vivo,
em um poço, onde morreu. No local, agora, acha-se a igreja de Santa Maria, em
Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.
São comemorados tabém neste dia: Santa Fortunata,
Santo Evaristo, São Buchardo Wurzburg (monge e bispo), Santa Agadreme de
Beauvais (abadessa), São Bernardo de Arpino (peregrino, mártir).
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