NOSSA SENHORA
AUXILIADORA
A devoção
a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no
coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana.
Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo
ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que
não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida
humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade
do coração.
Em 1476, o
Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do
século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde
ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A
imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado
pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.
Com o correr
dos anos, entre 1612 e 1620,
a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em
torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando
aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua
santa Mãe.
A imagem ficou
conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta
para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo
para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos
de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome
de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”.
O Papa Pio IX,
há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela
imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de
Gaeta. Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’,
com raízes em um bonito quadro alemão.
E chega o ano
de 1815: Nasce
aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus
e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO.
Neste ano era
também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do
Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com
restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas. Em
1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de
“MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.
Os anos foram
se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da
unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram
lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a
Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne
da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a
fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua
postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe
pobre, defendida tenazmente pelo Santo.
Pio IX, então
cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a
Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe
enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou
profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste
gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam
muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado.
Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX
preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de
Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente
para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições
políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus
Cristo. Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a
Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título
este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo.
E justamente
em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros
acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora.
E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e
amplamente. Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem
Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a
invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom
Bosco.
Ficou tão
conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida
também como a "Virgem de Dom Bosco". Escreveu o santo: “A festa de
Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar
todos juntos um dia no Paraíso".
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