segunda-feira, 19 de maio de 2014

SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS

SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS


Madre Paulina (1865-1942) foi uma religiosa ítalo-brasileira Foi uma religiosa tirolesa muito embora seja considerada uma santa ítalo-brasileira, embora, na verdade, seja austro-brasileira porque nasceu austríaca, quando toda a região do Tirol pertencia ao Império Austro-húngaro. Atualmente, sua terra natal, Vigolo Vattato pertence, atualmente, à Itália.
Primeira santa canonizada no Brasil. Foi beatificada em 18 de outubro de 1991 pelo papa João Paulo II, quando de sua visita à Florianópolis, Santa Catarina e canonizada em 2002 pelo Papa, recebendo o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Madre Paulina nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, filha de Antonio Napoleone Visintainer e Anna Pianezer.
Com apenas 10 anos emigrou com seus pais e irmãos para o Brasil, se estabelecendo em Santa Catarina. Vários padres italianos já estavam na região, integrantes da Companhia de Jesus.
Várias vilas foram surgindo com nomes das cidades italianas, como Nova Trento, Vigolo, Bezenello, Valsugana, entre outras. Em 1887 ficou órfã de mãe e cuidou da família até seu pai casar novamente.
Madre Paulina participou da vida paroquial na Capela de Nova Trento e foi encarregada de dar aulas de catecismo para as crianças. Dedicava parte do seu tempo para cuidar de pessoas enfermas. Em 12 de julho 1890, já formava um grupo que lhe ajudava a cumprir essa missão.
Com a aprovação do Bispo de Curitiba, D. José de Camargo Barros, a congregação recebeu o nome de Filhas da Imaculada Conceição. Essa data é considerada como o dia da fundação da obra de Madre Paulina.
          Em dezembro do mesmo ano fizeram os votos religiosos e Amabile Lucia Visintainer, recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
O Instituto começou na extrema pobreza, as primeiras Irmãs, além do cuidado dos doentes, dos órfãos e dos trabalhos da paróquia, para sobreviver deveriam trabalhar na roça e na pequena indústria de seda, muito conhecida, segundo a tradição trentinas.
Em 1903 foi eleita Superiora Geral. Depois da fundação das Casas de Nova Trento e Vígolo, vai trabalhar em São Paulo, seguindo o conselho do padre Luigi Maria Rossi, que era Pároco de Nova Trento desde 1895 e naquele ano nomeado Superior da Residência de São Paulo.
A partir de 1918 passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Passou os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 09 de julho de 1942.
Pouco tempo depois, na colina do Ipiranga junto a uma Capela ali existente, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os filhos de ex-escravo, órfãos e velhos.
De 1909 deixa o cargo de Superiora Geral e passa a viver na casa por ela fundada em Bragança Paulista. Foram 9 anos difíceis.
Em 1918 Madre Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da Congregação, que desde 1909 assumira o nome de "Irmãzinhas da Imaculada Conceição".
Viveu 33 anos como simples religiosa.
Amábile Lucia Visintainer morreu no dia 9 de julho de 1942, na Casa Geral, em São Paulo.
Em 18 de outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa, hoje Santo João Paulo II por ocasião da sua visita a Florianópolis. Foi, por fim, canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil.
Em sua homenagem foi erguido o Santuário de Santa Paulina, em Vígolo, Nova Trento, Santa Catarina.

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