VISITA DE MARIA A
ISABEL
O Anjo Gabriel
visitou Maria em sua casinha de Nazaré e lhe na anunciou que seria a mãe do
Filho de Deus, tendo Maria aceitado, se colocando inteiramente nas mãos do
Senhor, dizendo: “Eis aqui a Escrava do Senhor,
faça-se em mim segundo a sua palavra.”
Após esse
episódio da anunciação, o Evangelista Lucas nos escreve que Maria, ao tomar
conhecimento que sua prima Isabel, já de idade avançada, estava grávida de seis
meses, dirige-se apressadamente para uma cidade das montanhas, onde residiam
Isabel e seu marido Zacarias.
O objetivo
dessa visita era, em primeiro lugar, ajudar Isabel nos três últimos meses mais
difíceis de sua gravides, mas, também tinha por objetivo Maria alegrar-se com
Isabel e, juntas, louvarem ao Senhor pela sua misericórdia, pois só podia ser
um ato de misericórdia de Deus o fato de Isabel, naquela idade avançada, ter ficado grávida.
Isabel não
tinha filhos e nem tinha condições de ter filhos: primeiro por ser estéril e,
segundo, por já estar de idade avançada e, bem por isso, deveria estar
exultante de alegria, de felicidade. Como é bom a gente ter uma alegria
interior que é só nossa e das pessoas que nos entendem, mas que o mundo ignora
e não compreende, e, para compartilhar dessa alegria, termos perto de nós
alguém que nos compreenda e que se sinta feliz com a gente para chorar de
alegria e sorrir de felicidade conosco.
Foi nessa
visita a Isabel que Maria fez um dos
mais belos cânticos bíblicos em oração agradecendo a Deus e rendendo-lhe graças
por tudo o que estava acontecendo em Maria e como em Isabel, obras maravilhosas
do Senhor que se realizaram no silêncio e no mistério longe dos olhos curiosos,
indiferentes e indignos do mundo.
Foi, ao ouvir
Isabel louvar a fé de Maria e a sua entrega total nas mãos do Senhor que Maria
recitou o “Magnificat”, e disse Maria, naquela oportunidade; “Minha alma glorifica ao Senhor, e meu
espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque ele olhou para a humildade de sua
serva, e por isso desde agora e para sempre todas as gerações me chamarão de
bem-aventurada, porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo
nome é santo. Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre todos
aqueles que o temem. Deus manifestou o poder de seu braço, desconcertou o poder
dos soberbos. Derrubou dos tronos os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de
bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos, Acolheu a Israel, seu
servo, lembrando de sua misericórdia conforme prometera a nossos pais, em favor
de Abrahão e sua posteridade para sempre.” (Lc 1,46-55).
Este foi o
hino de agradecimento que Maria, inspirada pelo Espírito Santo, fez, louvando e
agradecendo ao Senhor pelas maravilhas que estavam sendo operadas nela, em
Isabel e no mundo, sem que ninguém soubesse de coisa alguma, a não ser ela
mesma, Maria, e sua prima Isabel. Este
hino de louvor nos mostra e deixa claro como Maria conhecia as Sagradas
Escrituras, Antigo Testamento, porque nesse hino existem várias referências do passado de sofrimentos e alegrias do povo
de Israel, e Maria os conhecia a todos.
Lucas, no seu
evangelho, nos diz que Maria permaneceu na casa de Isabel pelo espaço de três
meses, até o nascimento de seu filho, João Batista. Depois disso voltou para a
sua casa na cidade de Nazaré. A começar daí começou um período de sofrimento na
vida de Maria, principalmente porque, a princípio, José, seu noivo, não
entendia o motivo de sua gravidês e sofria calado, pensando até em abandonar Maria
para não difamá-la.
Maria confiava
em Deus, confiava no seu Senhor e sabia que o Senhor daria uma solução para o
seu problema, e para isso, bastava apenas confiar.
E foi o que
Maria fez: confiou no Senhor até o fim.
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