domingo, 22 de junho de 2014

22 DE JUNHO DE 2014 JESUS FOI O MESSIAS ESPERADO PELOS JUDEUS?

JESUS FOI O MESSIAS ESPERADO PELOS JUDEUS?


É interessante como a palavra do Senhor nos conforta; se estamos deprimidos, cansados, num estado de solidão total, é só buscarmos a palavra de Deus nas Sagradas Escrituras para nos aliviarmos, pois assim nos disse Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso de vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu peso é leve.” (Mt 11,28-30).        
E como encontramos consolo nas palavras do Senhor. 
Daniel, Profeta do Antigo Testamento, muito tempo antes da vinda do Messias, disse: “A ele (o Messias), foi outorgado o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e línguas o serviam. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu reino jamais será destruído.” (Dn 7,14). Jesus Cristo, o Messias, sempre foi anunciado e aguardado pelos profetas e pelos santos do Antigo Testamento como um rei, e o povo judeu, de um modo geral, esperava que o Cristo viesse como um grande rei da terra, cheio de poder e força, talvez até cavalgando um imponente cavalo branco, banindo uma espada, comandando grandes exércitos para dominar os povos e o mundo, e fazer do povo judeu, por ser o povo de Deus, o povo mais forte da terra, o povo dominador de todos os povos.
Todos esperavam o Messias como sendo alguém de poder e glória terrena. Mas, o Senhor Jesus veio e não aconteceu nada disso, nada daquilo que o povo judeu esperava. 
O profeta Isaias já dissera que o Messias seria descendente de Davi, isto é, de linhagem real e bem por isso o povo deve ter se empolgado, aguardando um rei poderoso: “Um ramo sairá do tronco de Jessé, um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o espírito de Iahweh, espírito de sabedoria e inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de temor a Iahweh: no temor de Iahweh está a sua inspiração.”  (Is 11,1-3).  
A interpretação desse texto deve ter feito suscitar no povo judeu uma falsa esperança de que, a partir da vinda do Messias, os judeus já não seriam mais dominados por  nenhum povo da terra, muito pelo contrário, pela maneira como Isaias anunciava o Messias, o povo judeu, com a vinda do Messias, resolveria todo o seu problema político, financeiro e social. Talvez tenham se esquecido de continuar a ler, meditar e interpretar a seqüência dessa revelação, que diz: “Ele não julgará segundo a aparência.  Ele não dará sentença apenas por ouvir dizer. Antes, julgará os fracos com justiça, com equidade pronunciará uma sentença em favor dos pobres da terra. Ele ferirá a terra com o bastão da sua boca, e com o sopro de seus lábios matará o ímpio.  A justiça será o cinto dos seus lombos e a fidelidade o cinto de seus rins. “ (Is 11,3-5).
O Messias esperado não veio cheio de glória e majestade, cavalgando um cavalo branco e banindo uma espada; muito pelo contrário, ele chegou anônimo, humilde, andarilho, apenas pregando a paz e o amor e condenando a opressão e a injustiça. O Messias vem personificado em Jesus Cristo, e não acontece nada daquilo que o povo judeu esperava. Jesus vem e fala de um reino sim, e até se proclama rei, mas fala de um reino que não é deste mundo: “Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas meu reino não é daqui.” (Jo 18,36).
Jesus fala de um reino, sim, mas do Reino dos Céus, um Reino diferente de todos aqueles já conhecidos pelos homens até então, de um reino que nunca ninguém antes havia dito e propagado; um reino onde o primeiro deverá ser o último, e o maior deverá servir a todos: “Se alguém quiser ser o primeiro seja o último de todos e o servo de todos.”  (Marcos, 9, 35).
Jesus fala de um Reino onde não se oferece regalias, mordomias, condecorações ou glórias; o Reino anunciado por Jesus exige sacrifícios e renúncias: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24; Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).
Jesus fala de um reino diferente, de um reino que ninguém até então, ouvira falar. Um reino de vida, pois ele mesmo afirmara que viera para que todos tivessem vida, e a tivessem em abundância; “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10); um reino onde deve imperar o amor, tendo antecipado, para isso, um mandamento novo: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisso reconhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35), e o amor nesse reino deveria ter tal intensidade que não se poderia hesitar em morrer pelo outro por amor: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (Jo 15,13).    E Jesus dá o itinerário para se chegar a esse reino com segurança total; o próprio Senhor Jesus se faz o caminho para que ninguém se perca, se diz a verdade para que ninguém se iluda com o que possa surgir nessa caminhada, e se auto-afirma vida para que nada atemorize e afaste os caminhantes do verdadeiro destino que é o Pai: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.  ninguém vai ao pai a não ser por mim” (Jo 14,6).  
Jesus traça o perfil daqueles que querem e poderão participar desse reino: “Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama; e quem me ama será amado por meu Pai.  Eu o amarei e me manifestarei a ele.” (Jo 14,21), e ainda: “Se alguém me ama guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada.” (Jo 14,23).

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