EU SOU AQUELE QUE É
O Senhor Nosso
Deus é o que é, faz o que faz, e tudo o que faz é perfeito, perfeitíssimo.
Assim o Senhor
se identificou a Moisés quando, Moisés, na sua dúvida e na descrença humana
natural, antevendo o que aconteceria por parte do povo israelita quando daria
início à sua missão de libertador que lhe estava sendo outorgada por parte do
Altíssimo, perguntou ao Senhor: “...
Quando eu for aos filhos de Israel e disser: “O Deus de vossos pais me enviou
até vocês”; e me perguntarem: qual é o seu nome?, que direi?” Disse Deus a
Moisés: ‘EU SOU AQUELE QUE É”. Disse mais: “Assim dirás aos filhos de Israel: “EU SOU” me enviou até
vós”. (Ex, 3,13-14).
O Senhor Nosso
Deus “É AQUELE QUE É” e sua vontade primeira
é que todos os homens se amem, sejam irmãos e felizes, sejam livres e
vençam a morte, a morte do corpo, a morte espiritual.
O Senhor criou
o homem perfeito, superior a todas as outras criaturas e coisas, reinando sobre
todos os animais e aves, feito para dominar tudo que o existisse sobre a terra:
“Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem como nossa semelhança, e que eles
dominem sobre os peixes do mar, as aves
do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam
sobre a terra.” Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou,
homem e mulher ele os criou. Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a; dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que rastejam sobre a terra.” (Gn 1,26-28).
O homem não se
contentou com esse estado das coisas, e quis mais. Não se contentou em ser uma
criatura que habitava os pensamentos do Criador desde toda a eternidade e, no
momento certo, feito “... à imagem de
Deus.” (Gn 1,26.27).
O homem quis
ser igual a Deus... Deus fez o homem perfeito, mas, veio o pecado e deformou, e
destorceu a semelhança que o homem tem
com o seu Criador (Gn 3).
Apesar de o
homem ter pecado e virado as costas a todos os privilégios que o Criador lhe
havia outorgado, o Senhor não o abandonou: envia a todos a sua graça que, como
água cristalina e pura, lava, transformando a nossa aparência espiritual e nos
incentivando à busca da perfeição: “Sejam
pois perfeitos, como o Pai celestial de vocês é perfeito.” (Mt 5,48).
Pecamos tanto
que, infelizmente, perdemos o caminho da perfeição, da verdade que nos ampara e
da vida que nos motiva.
Da Comunidade
Una e Trina nos é enviado o Filho, a
Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, para se vestir da nossa carne, da nossa
miséria, tomando a nossa natureza humana, sendo um dos nossos, em tudo igual a
nós: “E o Verbo se fez carne, e habitou
entre nós; e nós vimos a sua glória, glória como de Unigênito do Pai, cheio de
graça e verdade.” (Jo 1,14), e, tudo isso, para nos reconduzir ao caminho
da felicidade, à vida da graça e à verdade que vem de Deus, somente de Deus,
que é de Deus e somente a Deus pertence. O Senhor Jesus, na sua natureza
humana, é em tudo igual a nós, menos no pecado: “Quem dentre vós, me acusa de pecado?” (Jo 8,48).
E, assim como o
Senhor Nosso Deus se identificou a Moisés dizendo: ”EU SOU” (Gn 3,14), assim também o Senhor Jesus se auto denomina,
quando afirma: “Quando tiverem elevado o
Filho do Homem, então saberão que EU
SOU.” (Jo 8,27), e mais; “Vocês são
daqui de baixo e eu sou do alto. Vocês são deste mundo, e eu não sou deste
mundo. Disse a vocês que morrerão em seus pecados, porque se não crerem que EU
SOU, morrerão em seus pecados.” (Jo 8,23-24), e, para completar e confirmar
a sua divindade, Jesus afirma: “Em
verdade, em verdade eu digo a vocês: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (Jo 8,58).
Alguma dúvida,
ainda, sobre a natureza divina de Jesus Cristo? Ouçamos novamente Jesus Cristo,
afirmando a sua divindade: “Eu e o Pai
somos um.” (Jo 10,30), e, “... o Pai
está em mim e eu no Pai.” (Jo 10,38).
Tudo
o que Deus faz é perfeito, perfeitíssimo, tamanha perfeição que foge à nossa mesquinha e insignificante
inteligência e compreensão.
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