MARIA E A SANTÍSSIMA TRINDADE
Os israelitas
adoravam o Deus Verdadeiro, acreditavam no Deus Verdadeiro, amavam o Deus
Verdadeiro, serviam ao Deus Verdadeiro, obedeciam ao Deus Verdadeiro, mas o
Deus Verdadeiro não havia se manifestado a eles na sua intimidade da maneira
como se manifesta a nós, hoje, a partir do batismo do Senhor Jesus: Deus Uno em
três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Esta foi a terceira
manifestação do Senhor Jesus antes de sua vida pública, antes de iniciar a sua
missão de transmitir as verdades eternas e dar poder aos apóstolos e discípulos
de evangelizar todos os homens: “Ide por
todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. O que crer e for batizado,
será salvo; o que, porém, não crer, será condenado.” (Mc 16,15).
Esta, além
de ser a terceira manifestação pública de Jesus antes de começar o seu
ministério foi, também, uma manifestação pública da Santíssima Trindade.
Mas,
trinta anos antes, no silêncio de uma pobre e humilde casa de Nazaré, a
Santíssima Trindade já havia se manifestado, já havia se revelado em silêncio a
uma jovenzinha virgem chamada Maria, quando Gabriel, o Anjo Mensageiro, lhe
veio anunciar o nascimento do Messias: “O
Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra; por isso mesmo o Santo que há de nascer de ti, será chamado Filho de
Deus.” (Lc 1,35).
Segundo as Escrituras essa foi a primeira manifestação da
Santíssima Trindade na simplicidade, na pobreza, no silêncio e no clima de
oração que reinava na humilde e pobre casa de uma humilde, pobre, pura e virgem
jovenzinha de Nazaré.
O que aconteceu em Maria na sua concepção, foi obra do
Espírito Santo, conforme disse o Anjo em sonhos a José: “José, filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa,
porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo.” (Mt 1,20).
O
Filho, Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, se fez homem no ventre sacrossanto de Maria por obra do
Espírito Santo e sob o beneplácito de Deus Pai.
Quando falamos
de Santíssima Trindade dizemos que “é um mistério”.
Mas, antes de ser um mistério é um segredo: o
segredo do amor que tem como centro um Deus-Comunidade, um Deus-Família que se
ama infinitamente e esse amor transborda e é despejado sobre todos os homens.
Se não é possível desvendar esse mistério, pelo menos é possível descobrir um
segredo, mesmo porque, o segredo do grande amor que Deus tem por nós se faz presente nos
corações dos homens de boa vontade...
A nossa alegria, a nossa salvação
consiste em crer nesse amor, descobri-lo
dentro de nós, retribuí-lo, revelá-lo e distribuí-lo a todos os irmãos.
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