segunda-feira, 2 de maio de 2016

SÃO PAULO FALA SOBRE O DOM DAS LÍNGUAS

SÃO PAULO FALA SOBRE O DOM DAS LÍNGUAS

SÃO PAULO DÁ AS REGRAS PARA O QUE CHAMAMOS DE “O EXERCÍCIO PARA O DOM DAS LÍNGUAS” NA SUA PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS, 14,26-40:


O DOM DA LINGUA DEVE SER USADO DESDE QUE SEJA PARA EDIFICAÇÃO DA COMUNIDADE – “Que fazer, então, irmãos? Quando vocês estão reunidos, cada um pode entoar um canto, dar um ensinamento ou revelação, falar em línguas ou interpretá-las. Mas que tudo seja para edificação.” (1Cor 14,26). Este é o princípio regulador de todos os dons em geral. Eles devem servir para edificar os outros. Se assim não for, o dom, qualquer que seja, é ineficaz.

O DOM DA LÍNGUA NÃO DEVE SER USADO POR MAIS DO QUE TRÊS PESSOAS NUM MESMO CULTO – “Se existe alguém que fale em línguas, falem dois ou no máximo três, um após o outro.” (1Cor 14,27). Numa mesma reunião “dois, ou no máximo três” indica que ter três diferentes pessoas falando em línguas em um mesmo culto seria contrariar os ensinamentos de Paulo. Congregações inteiras falando, cantando ou orando em línguas é especificamente proibido aqui.

NO CULTO SOMENTE UM DE CADA VEZ DEVE EXERCITAR O DOM DA LÍNGUA – (1Cor 14,27). “um após o outro”, ou seja "cada um por sua vez" restringe o falar em línguas a um homem por vez; qualquer um a mais que falaria junto acrescentaria somente confusão. Já é uma confusão suficiente escutar um idioma estrangeiro; escutar duas ou mais pessoas ao mesmo tempo seria fútil e certamente não poderia edificar. A prática comum contemporânea de ficar de pé falando em línguas durante a pregação é também proibida segundo o ensinamento de Paulo.

QUANDO ALGUÉM FALA EM LÍNGUA DEVE HAVER UM INTERPRETE E APENAS UM INTÉRPRETE QUE ESCLAREÇA A COMUNIDADE SOBRE O QUE FOI FALADO – “E que alguém as interprete” (1Cor 14,27). Paulo requer aqui que haja um intérprete para transmitir aos demais irmãos o que o irmão esteja falando e que o mesmo intérprete dê as interpretações das mensagens dadas por uma, duas ou no máximo três pessoas. Nenhum outro intérprete deve falar.

O INTÉRPRETE DEVE SER ALGUÉM QUE NÃO SEJA DAQUELE QUE ESTEJA FALANDO EM LÍNGUAS – E que alguém as interprete. Se há intérprete, que o irmão se cale na assembléia, fale a si mesmo e a Deus. Quanto as profetas, que dois ou três falem, e os outros profetas dêem o seu parecer” (v 27-29). Paulo não permite que alguém fale em uma língua para dar sua própria interpretação. A própria pessoa que fala em línguas não pode dar a sua própria interpretação, tem que ser outro.

QUANDO ALGUÉM ESTIVER FALANDO EM LÍNGUAS DEVE HAVER ORDEM NA ASSEMBLÉIA – “Se alguém que está sentado recebe uma revelação, cale-se aquele que está falando. Vocês todos podem profetizar, mas um por vez, para que todos sejam instruídos e encorajados. Os espíritos dos profetas estão submissos aos profetas. Pois Deus não é um Deus de desordem, mas de paz. [...] Mas que tudo seja feito de modo conveniente e com ordem.” (1Cor 14,30-33.40). Os dons nunca devem ser exercidos de um modo que tenda à “confusão”, porque depreciaria seu propósito (edificar). Embora o formalismo não seja a única resposta, o caos é claramente excluído. O serviço de adoração deve ser conduzido de uma forma ordenada.

DEVE HAVER UM AUTO CONTROLE NA ASSEMBLÉIA – “Os espíritos dos profetas estão submissos aos profetas.” (v 32). Isso exclui qualquer escusa tal como, “Eu simplesmente não pude me refrear; o Espírito Santo apenas tomou o comando!” Paulo expressamente requer que o homem esteja em controle de suas faculdades mentais em todo tempo. Ser “arrastado” é refletivo das religiões pagãs, não dos dons cristãos, conforme Paulo disse em 1Cor 12,2: “Vocês sabem que quando vocês eram pagãos, se sentiam irresistivelmente arrastados para os ídolos mudos.”. Esta regra impede qualquer assim chamado “cair no Espírito” ou algo semelhante em que a pessoa esteja completamente fora de controle; quando o Espírito Santo requer auto controle, Ele então não causará o oposto. Ele não violará sua própria palavra. A objeção frequentemente dada é, “Mas e se o Espírito Santo me encher de uma forma que eu perca o contato com a realidade?” ou, “Eu simplesmente não pude controlar o Espírito”, ou algo parecido. Mas a clara premissa deste versículo é que o Espírito Santo nunca fará isto. Ele proibiu-a, e Ele simplesmente nunca fará algo que é contrário à sua palavra. Nunca!

A NENHUMA MULHER É PERMITO FALAR NA ASSEMBLÉIA ONDE ESTEJA ACONTECENDO O DOM DAS LÍNGUAS – “Que as mulheres fiquem caladas nas assembléias, como se faz em todas as igrejas dos cristãos, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a Lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que as mulheres falem nas assembléias.”  (1Cor 14,34-35).
Paulo não poderia ser mais claro nesta proibição. “As mulheres estejam caladas nas igrejas”. Não importa ao que mais se refira, isto pelo menos se refere ao exercício dos dons de línguas e profecia, porque este é o contexto no qual este mandamento é dado. Percebendo, evidentemente, a tempestade de protesto que este mandamento receberia, Paulo acompanha o mesmo com uma declaração de autoridade nos versículos de 36 a 38, que diz, efetivamente, “se você não concorda comigo nisto, você é um arrogante (vs 36), não espiritual (vs 37), e um rebeldemente ignorante” (vs 38). A regra não poderia ser mais clara; rejeitá-la desafia diretamente o apóstolo inspirado. Outras restrições já apontadas, mas não declaradas ou listadas naqueles versos também se aplicam. Eles são as seguintes:

AS LÍNGUAS DEVEM SER IDIOMAS VERNÁCULOS, OU SEJA, LINGUAS ATUAIS, COMO ACONTECEU NO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS, 2,4-11: “Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na a sua própria língua, os discípulos falarem. Espantados e surpresos, diziam: ‘Esses homens que estão falando, não são galileus? Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna? Entre nós há partos, medos e elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da Líbia, vizinha de Cirene; alguns de nós vieram de Roma, outros são judeus ou pagãos convertidos; também há cretenses e árabes. E cada um de nós, em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus”. (At 2,4-11). Haveria necessidade de maiores esclarecimentos de que a língua falada deve ser entendida por toda a comunidade e, em especial, por pessoas de outras nacionalidades em suas línguas maternas e vernáculas? Caso não seja entendida, há a necessidade de um intérprete para esclarecê-las. No acontecimento do Pentecostes, pelo menos quinze nacionalidades de línguas diferentes estavam presentes na praça quando os apóstolos, cheios do Espírito Santo, lhes dirigiram a palavra, e todos ouviram e entenderam, na sua própria língua materna, no seu próprio idioma ou dialeto o que os discípulos estavam falando.
Balbucio é completamente estranho ao dom de línguas do Novo Testamento. Falar em uma “expressão extática” é inteiramente sem garantia Bíblica.

AS LÍNGUAS DEVEM SERVIR PARA PROPÓSITOS APROPRIADOS. O uso pessoal e devocional não é o propósito Bíblico servido pelo dom.

AS LÍNGUAS DEVEM SER PÚBLICAS. O uso privado do dom é completamente sem precedente e não pode servir como um sinal para os incrédulos. 

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