SÃO
CRISTÓBAL MAGALLANES JARÁ - 1869-1927
Cristóbal
nasceu em um pequeno rancho do município de Totaltiche, Jalisco, arquidiocese
de Guadalajara, México, em 30 de julho de 1869.
Até os dezenove anos de idade
ali permaneceu, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços.
Em 1888,
matriculou-se no seminário em Guadalajara, realizando o seu sonho de ser
sacerdote ao ser designado para a paróquia de sua cidade natal.
De temperamento
sereno, tranquilo e persistente, Cristóbal se tornou um sacerdote de fé
ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se
entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis.
Missionário entre os
indígenas huicholes e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem
Maria. Mas os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país.
Nesse ano foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo
então presidente Venusiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e
outras arbitrariedades contra a população no país.
Apesar da Igreja, por seu
episcopado, expressar seu desagravo às novas leis, nada pôde fazer, ao
contrário, foi vitimada pelo endurecimento nas perseguições. Isso gerou a
reação da sociedade e os leigos se organizaram formando a Liga em Defesa da
Liberdade Religiosa, entrando em confronto, até mesmo armado, com os
integrantes do governo. Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha
piorado.
O então presidente, Plutarco Elias Calles, tornou a perseguição ainda
mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas
e obras assistenciais de organizações religiosas. Os integrantes da Liga
reagiram com vigor.
Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja,
muitos sacerdotes preferiam não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando
suas atividades por um tempo. Porém, outros decidiram ficar firmes em seus
postos, para atender os fiéis, mesmo arriscando as próprias vidas.
E assim fez
Cristóbal, que tinha para as vocações sacerdotais um cuidado extremado e um
lugar especial no seu ministério.
Quando os perseguidores da Igreja fecharam o
seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um
seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros
sacerdotes.
Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán,
Jalisco, diocese de Zacatecas. Antes, ainda confortou seu companheiro de
martírio, padre Agustín Caloca, que tremia diante do carrasco, dizendo-lhe:
"Fique tranquilo filho, é apenas um momento e depois virá o céu".
À
sua hora, dirigindo-se a tropa, exclamou: "Eu morro inocente, e peço a
Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos".
O papa
João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período,
entre eles são Cristóbal Magallanes Jara, que é celebrado neste dia.
São
lembrados neste dia, também: São Gregório VII, Santa Maria Madalena de Pazzi,
Santa Madalena Sofia Barat, São Beda, o venerável, Santa Maria MacKillop
(fundadora), Santos Máximo e Vitorino (mártires de Bréscia), Santos Pasicrates,
Vaáncio e companheiros (soldados, mártires de Moésia, na Bulgária).
Nenhum comentário:
Postar um comentário