FRANCISCO
MARTO, O MENININHO QUE VIU NOSSA SENHORA DE FÁTIMA!
Ele tinha apenas 9 anos, mas levou a sério com generosidade
o pedido para rezar e sacrificar-se pela conversão dos pecadores.
“Ao beato Francisco, o que mais o impressionava e
absorvia era Deus naquela luz imensa que penetrara no íntimo dos três (…) Na
sua vida, dá-se uma transformação que poderíamos chamar radical, uma
transformação certamente não comum em crianças da sua idade (…) Suportou os
grandes sofrimentos da doença que o levou à morte, sem nunca se lamentar. Tudo
lhe parecia pouco para consolar Jesus”
São João Paulo II, 13 de maio de 2000
O pastorzinho de Fátima
O beato Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908 e foi
batizado nove dias depois, na pequena Fátima, em Portugal. Parecido com os
demais meninos da sua terra, tanto nas atividades de criança quanto no jeito de
se vestir, ele guardava na alma, porém, virtudes especialmente notáveis: muita
humildade, paciência e doçura.
Desde bem cedo já ajudava a cuidar dos rebanhos do pai, e,
todo dia, rumava para os campos com a irmãzinha Jacinta, dois anos mais nova, e
a prima Lúcia, mais velha que ambos.
Nas brincadeiras da infância, o pequeno tocava o pífaro, um
tipo simples de flauta, e as duas meninas dançavam. Ensinados pelos pais, eles
sempre dedicavam tempo à oração do terço – ainda que às pressas, como crianças
que eram!
Eis que aparece um Anjo
Em 1916, quando Francisco tinha 8 anos, apareceu às três
crianças um jovem Anjo “que o sol tornava transparente como se fosse de
cristal”, segundo o relato, anos depois, da irmã Lúcia. O Anjo apareceu
três vezes para os três pastorzinhos ao longo daquele ano. Por ocasião da
segunda aparição, o Anjo lhes disse, enquanto brincavam: “Que fazeis? Orai,
orai muito. Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de
misericórdia. Oferecei, constantemente, ao Altíssimo orações e sacrifícios”.
Na última aparição, o Anjo lhes deu a Primeira Comunhão: “Tomai
e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos
homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus”.
Tal pedido se gravou para sempre na alma pura do pequeno
Francisco, que se preocupava com grande sinceridade em consolar o Coração de
Jesus na terra e no Céu.
As aparições
de Nossa Senhora
Entre os dias 13 de maio e 13 de outubro de 1917, Nossa
Senhora apareceu aos três pastorzinhos na hoje tão conhecida Cova da Iria, em
Fátima, e lhes pediu, em todas as aparições, que rezassem o terço diariamente.
Francisco, em especial, tinha que rezar muitos terços a fim de ir para o Céu.
Nossa Senhora também lhes perguntou se podiam oferecer sacrifícios em reparação
dos pecados da humanidade e pela conversão dos pecadores. Foi nessas aparições
que as três crianças viram o Imaculado Coração de Maria cravado de espinhos pelos
nossos pecados, bem como tiveram um vislumbre do inferno.
Em agosto, Nossa Senhora lhes pediu explicitamente: “Rezai,
rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores. Vão muitas almas para o
inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.
Na última aparição, Nosso Senhor realizou o milagre já
prometido por Sua Mãe meses antes. Quando acabou de conversar com as três
crianças, Nossa Senhora lhes pediu novamente, com semblante entristecido: “Não
ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”.
Oração e sacrifício
O pedido de Nossa Senhora para que rezemos e nos
sacrifiquemos em reparação dos pecados e pela conversão dos pecadores foi
constante e claro na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, assim como é clara e
maravilhosa a promessa da vitória: Maria declarou com firmeza que, no fim, o
seu Imaculado Coração triunfará!
Francisco era um menininho de apenas 9 anos quando
testemunhou todas essas aparições de Maria e, dócil à Vontade de Deus,
respondeu com generosidade, assim como as também pequenas Jacinta e Lúcia: eles
davam seu almoço aos pobres, enfrentavam dias quentes sem beber água fresca,
atavam uma corda apertada à cintura… Mas, acima de tudo isso, rezavam mais,
oferecendo a Deus, com alegria, uma parte do seu tempo de brincadeiras
infantis.
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