SÃO
NICOLAU - (DE MIRA E DE BARI) - 250-326
Nicolau é
também conhecido por São Nicolau de Mira e de Bari. Venerado, amado e muito
querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente. Sem dúvida alguma, é o
santo mais popular da Igreja. Ele é padroeiro da Rússia, de Moscou, da Grécia,
de Lorena, na França, de Mira, na Turquia, e de Bari, na Itália, das crianças,
das moças solteiras, dos marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso
os dados de sua vida se misturam às tradições seculares do cristianismo. Filho
de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do
século III, provavelmente no ano 250.
Foi consagrado
bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu
apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as perseguições
do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o
Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores,
o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.
Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que gozava
entre o povo cristão da Ásia.
Morreu no dia
6 de dezembro de 326, em
Mira. Imediatamente , o local da sepultura se tornou meta de
intensa peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu
túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação.
O documento
mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, bispo de Constantinopla, que em
842 relatou todos os milagres atribuídos a são Nicolau de Mira. Depois, mais de
sete séculos passados da sua morte, "Nicolau de Mira" se tornou
"Nicolau de Bari". Em 1087,
a cidade de Bari, em Puglia, na Itália, sofria a
subjugação dos normandos. E Mira já estava sob domínio dos turcos muçulmanos.
Setenta marinheiros italianos desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das
suas relíquias mortais, transferindo-as para Bari.
O corpo de são
Nicolau foi acolhido, triunfalmente, pela população de Bari, que o elegeu seu
padroeiro celestial. E ele não decepcionou: por sua intercessão os prodígios e
milagres ocorriam com grande freqüência. Seu culto se propagou em toda a
Europa. Então, a sua festa, no dia 6 de dezembro, foi confirmada pela Igreja. A
tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e extremamente
religiosos. Que era uma criança com inclinação à virtuosidade espiritual, pois
nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno, ou seja, já
praticava jejum voluntário.
Quando jovem,
desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo freqüentar a igreja.
Costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e
aos pobres. Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os
jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã.
Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi
incluído nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao
nascimento do Menino Jesus. Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo
o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las,
havia decidido mandá-las à prostituição.
Nicolau tomou
conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote
de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites
seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas.
Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em torno
deste santo, tão singelo e singular.
A sua figura
bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã, mantém-se viva e impressa
na memória de toda a cristandade. Agora, também na da humanidade toda, porque
perpetuada através dos comerciantes nas vestes de Papai Noel nos países
latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxões.
Mesmo sob falsas vestes, são Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande
amor às crianças e aos pobres e a alegria em poder servi-los em nome de Deus.
São
comemorados também neste dia: Santo Abraão de Cratia (bispo), São Apolinário de
Trieste (mártir), Santa Asela de Roma (virgem), Santa Bassa de Jerusalém
(abadessa). São Pedro Pascácio, Santa Leôncia.
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