sábado, 15 de agosto de 2020

ASSUNÇÃO DE MARIA AOS CÉUS


ASSUNÇÃO DE MARIA AOS CÉUS

Como é gostoso e reconfortante termos a nossa mãe da terra, e como é maravilhoso termos a nossa mãe do céu que é Maria. Tenho pena e dó daqueles que não aceitam Maria como Mãe. Se o próprio Jesus a escolheu como mãe porque cumulou nela todas as virtudes e graças como sendo a única mulher deste mundo que poderia cuidar de um Deus feito homem recém-nascido; e foi a Maria que o Senhor Nosso Deus entregou o maior tesouro que possa existir em todo o universo: o seu próprio Filho.
Jesus Cristo obedeceu a Maria em sua infância, adolescência, mocidade e a amou por toda a sua vida e a respeitou como um filho deve respeitar sua mãe até o dia em que, no alto de uma cruz, ao ver que sua missão havia terminado aqui na terra, num gesto extremo de amor, nos dá Maria como Mãe já que ele, Jesus Cristo, partiria para a casa do Pai.
Eu tenho pena daqueles que não aceitam Maria como Mãe, porque são órfãos de mãe, e somente quem é órfão aqui na terra pode dizer o que é ser órfão de mãe. Jesus diz no seu Evangelho: “Se vocês não se tornarem crianças, vocês não entrarão no reino dos céus”. (Mt 18,3), e se não nos tornarmos crianças não poderemos nos agasalhar no colo materno de Maria. Quem está com Maria não está longe de Deus.
Para conhecermos de verdade Maria, para encontrarmos dentro de sua humildade todo o esplendor da graça da qual Deus Pai sempre a cumulou, precisamos ler muito o que os santos e santas que a amaram de verdade e a reverenciaram em toda as suas vidas disseram e escreveram sobre Maria e como eles, santos e santas, descobriram em Maria virtudes incalculáveis, tesouros com valores infinitos e como eles se colocaram sob a proteção maternal de Maria, sendo que Maria, como Mãe de Deus e nossa também a nós dedica proteção materna. A nossa inteligência é pequena, os nossos conhecimentos são poucos, pouquíssimos mesmo, então por isso, há a necessidade de procurarmos ler livros santos dos grandes santos e santas que amaram e veneraram Maria e nos ensinam como devemos amar e venerar a Mãe de Deus e nossa Mãe.
Todos os santos que amaram Jesus amaram também Maria porque, se Jesus quis precisar de Maria para chegar até nós, também nós precisamos de Maria para chegar a Jesus. Jamais chegaremos a Jesus se não for pelas mãos imaculadas de Maria. O próprio exemplo é Jesus quem nos dá. Para Jesus chegar até nós, ele quis precisar de Maria. Se não fosse por Maria jamais teríamos Jesus na sua natureza humana. Jesus, para se fazer o Filho do Homem, quis precisar de Maria. Jesus existe como homem por Maria; Maria existe para Jesus.
O homem, para se fazer filho de Deus, tem que precisar de Maria também, porque foi no Calvário, nos estertores da morte, quando Jesus sentiu que partiria irremediavelmente para a casa do Pai, foi ali, naquele momento de dor, de angústia e de aniquilamento total que Jesus nos dá Maria como Mãe, e, sendo nós, filhos de Maria, por conseguinte, somos Filhos de Deus, porque Maria é a filha do Pai, é a esposa do Espírito Santo, e a mãe do Filho unigênito do Pai, Jesus cristo, e somos irmãos em Jesus Cristo, porque Maria é a verdadeira mãe de Jesus Cristo na sua natureza humana e, sendo homem não deixou de ser Deus, e, portanto a Mãe de Deus, e, sendo filhos de Maria e irmãos de Jesus Cristo, somos filhos de Deus por Jesus Cristo. Se quisermos chegar com mais segurança até Jesus, tem que ser pelas mãos imaculadas de Maria.
E nós conhecemos tão pouco dessa ligação tão íntima de Maria com Jesus Cristo e de Jesus Cristo com Deus Pai.
Os santos e santas, devotos de Maria, nos ensinam e nos esclarecem como devemos amar de verdade Maria. Os santos a amaram de verdade, e agora estão juntos com Maria, na casa de Deus Pai. Não podemos nos descuidar de conhecer melhor e mais a cada dia que passa esse mar de graças que é Maria.
São Luiz Maria Grignon de Montfort, no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria”, escreve: “Deus fez um lago muito grande de água, e o chamou de mar – depois fez um mar de graças e o chamou Maria”.
São Bernardo, em uma das orações mais lindas feitas em honra à Maria nos diz que “jamais se ouviu dizer que alguém que tivesse recorrido à proteção de Maria, tivesse deixado de ser atendido”.
São Maximiliano Maria Kolbe, o fundador da Milícia da Imaculada, o santo polonês morto num campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial e canonizado pelo Papa João Paulo II, nas conversas que tinha com seus frades jamais deixou de dizer, e jamais se cansava de dizer: “meus filhinhos, amem a Nossa Senhora, o tanto que vocês quiserem e mais do que vocês puderem”.
Santa Terezinha do Menino Jesus nos deixa escrito em seu livro autobiográfico, História de uma Alma, que o menor caminho que nos leva a Jesus Cristo, é Maria.
E como seria bom se todos nós, a exemplo de São Luiz Maria Grignon de Montfort, repetíssemos todos os dias e a toda hora: sou todo vosso, ò minha amada mãe e senhora, e tudo o que tenho vos pertence”.
E Maria continua a nos dizer ainda hoje, todos os dias, todas as horas, todos os minutos da nossa vida: faça tudo o que o meu Divino Filho vos disser.” (Jo 2,5).
Quantas vezes recorremos à Virgem Maria quando notamos tristemente que a nossa fé vacila, ou porque nos afligimos por ter de carregar uma grande cruz que nos parece muito pesada para a nossa fraqueza, ou ainda, quando temos no seio da nossa família perturbações e infelicidades domésticas que nos parecem dificultar até a nossa própria salvação eterna, e, para todos nós, para essas tristezas, a oração parece trazer tão pouco alívio. Qual é então o remédio que nos falta? Qual é o remédio indicado pelo próprio Senhor nosso Deus? É, sem dúvida, e segundo a revelação dos grandes santos e santas, devotos fervorosos da Virgem Maria, o refúgio no manto maternal de Maria.             Mas, a devoção que consagramos a Maria é fraca, escassa, mesquinha, deturpada pela nossa ignorância religiosa e, muitas vezes, chega até às raias da heresia.       
Como eu gostaria de mostrar a todos os fieis devotos de Maria como realmente Maria foi - sem tronos e sem coroas, apenas uma mulher simples, de avental sujo de ovo ou caldo de feijão, cabelos em desalinho pelo trabalho doméstico, olhos lagrimejantes por cortar cebola ou pela fumaça da madeira verde que queimava no fogão à lenha, enquanto preparava o alimento para seu filho e seu esposo, tal qual nossas esposas e mães, ainda que nossas esposas e mães levem vantagem sobre isso, considerando que hoje, principalmente nas cidades, não existem mais fogões a lenha e sim a facilidade do fogão a gás.
Gostaria de mostrar uma Maria tão pequena e humilde para que todos nós nos sentíssemos bem à vontade junto dela. A nossa ignorância tira de Maria todo o esplendor de sua humildade.
São Luiz Maria Grignon de Montfort escreveu que é por essa razão que Jesus Cristo não é amado como deveria ser. É por não amarmos como deveríamos amar Maria que os homens não se convertem. Quantas almas que poderiam ser santas e desfalecem na fé tomando caminhos diferentes daqueles que levam até Deus porque são mal orientadas sobre a devoção de Maria, e por isso tomam caminhos diferentes daqueles que levam a Deus. Por uma distorção com respeito à devoção à Maria que os sacramentos não são frequentados como deveriam ser. É pela falsa devoção ou distorção na devoção de Maria que as almas não são evangelizadas com o entusiasmo do zelo apostólico. Pelos erros na devoção à Maria que Jesus não é conhecido, porque a devoção à Maria é destorcida e por isso, muitas vezes, é deixada no esquecimento ou é procurada por seus devotos apenas por interesses egoístas e mesquinhos.
Quantas almas se desviam do verdadeiro caminho porque Maria está distante delas.
A devoção mal orientada à Maria é a causa de grande parte de nossas misérias, de todos os nossos males, de todas as nossas omissões, de toda nossa tibieza, de toda nossa frieza. Segundo as revelações dos nossos Santos grandes devotos de Maria, tal como foi São Luiz Maria Grignon de Montfort, o Senhor Nosso Deus quer uma devoção mais vasta, mais extensa, mais sólida, uma devoção muito diferente da que temos hoje, da que temos atualmente para com a Santíssima Virgem Maria. Se Jesus não é conhecido como deveria ser é porque nós não amamos como deveríamos amar a sua Mãe Santíssima.      
São lembrados também, neste dia: Nossa Senhora da Guia, São Tarcísio, Santo Arnulfo São Tarcísio (jovem mártir da Eucaristia), Bem-aventurado Isidoro Bakanja (o mártir do escapulário), Bem-aventurados Vicente Soler e companheiros (mártires da revolução espanhola), Santo Alfredo de Hildeshein (monge e bispo), Santo Arduíno de Rímini (eremita, (Santo Arnulfo de Soissons (monge e bispo), Santo Estasnilau Kostka (noviço jesuíta).

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