SANTA
LÍDIA, DISCÍPULA DE SÃO PAULO

Mas Paulo e
seus companheiros pensavam em ficar até o sábado, pelo menos, pois era o dia em
que os correligionários judeus se reuniriam para as orações. Como Filipos não
tinha sinagoga, o local mais provável para o encontro seria às margens do
pequeno rio Gangas, que passava fora da porta da cidade.
Assim
entendendo, ao procurarem o lugar ideal para suas preces, como nos narra são
Lucas nos Atos dos Apóstolos, eles foram para lá e começaram a falar com as mulheres
que já estavam reunidas. Entre elas estava Lídia, uma comerciante de púrpura,
nascida em Tiatira, na Ásia.
Lídia escutava
com muita atenção, pois não era pagã idólatra, acreditava em Deus, o que quer
dizer que tinha se convertido à fé dos judeus. E o Senhor abrira o seu coração
para que aderisse às palavras de Paulo. Lídia era uma proprietária de sucesso,
rica, influente e popular, exercendo sua liderança entre os filipenses e,
principalmente, dentro da própria família. Isso porque a púrpura era um corante
usado em tecidos finos, como a seda e a lã de qualidade.
Na época, o
tecido já tingido era chamado de púrpura, e o mais valioso existente. Usado
como símbolo de alta posição social, era consumido apenas pela elite das
cortes. Quando terminou a pregação, Lídia tornou-se cristã. Com o seu
testemunho, conseguiu converter e batizar toda a sua família. Depois disto, ela
os convidou: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha
casa". E os forçou a aceitar. Esta, com certeza, foi a primeira e maior
conquista dos primeiros apóstolos de Cristo.
A casa de
Lídia tornou-se a primeira Igreja católica no solo europeu. Lídia usou todo o
seu prestígio social, sucesso comercial e poder de sua liderança para, junto de
outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo,
assim, a Boa-Nova entre os filipenses.
A importância
de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o Ocidente que
cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de amizade cristã
entre eles. O culto a santa Lídia é uma tradição cristã das mais antigas de que
a Igreja Católica tem notícia.
A sua
veneração é respeitada, pois seus atos são sinais evidentes de sua santidade.
Considerada a Padroeira dos Tintureiros, santa Lídia é festejada no dia 3 de
agosto.
São
comemorados, também, neste dia: Bem-aventurado Eustáquio Van Lieshout, São
Gamaliel, São Nicodemos (mártir, citado em Jo 3, e 7,50-52), São Germano de
Auxerre, Santas Marana e Cira (mártires), São Pedro de Anagni (monge e bispo),
São Senach de Clonard (bispo), Santa Trea de Ardtree (virgem).
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