sexta-feira, 7 de agosto de 2020

AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA


AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA

Quem é de Deus é escravo do amor. Maria não nasceu escrava, não foi feita escrava: Maria se fez escrava. Maria não foi obrigada a fazer nada que não quisesse e não fosse a sua vontade, mas, perante a vontade de Deus, a sua vontade passou a ser nada e ela renuncia a sua vontade para fazer e cumprir somente a vontade de Deus.
E, a exemplo de Maria que se fez “escrava do Senhor” (Lc 1,38), que se consagrou totalmente ao serviço de Deus, em todos os tempos e ainda nos nossos dias existem cristãos verdadeiros admiradores e seguidores de Maria que renunciam a sua vontade e todo prazer e alegria que a vida e o mundo oferece para fazer realizar única e exclusivamente a vontade de Deus.

Muitos se proclamam escravos do Senhor a exemplo de Maria e se esvaziam de si mesmos para que a vontade do Senhor impere em todos os seus atos, desejos, pensamentos, atitudes, palavras e ações.
E foi nessa entrega total de Maria ao Senhor ao anúncio do Anjo Gabriel que o céu se abre em louvores à Maria e, pela boca do Anjo, todo o universo saúda-a por ter aceitado ser a mãe daquele que viria para a redenção do gênero humano.
A saudação pronunciada pelo Anjo à Maria, quando da Anunciação, se transformou em oração e essa  é a primeira oração que todos nós aprendemos a rezar ainda no colo de nossas mães ou avós: a oração da “AVE MARIA”.
Desde a mais tenra idade repetimos a saudação do Anjo em forma de oração e rezamos essa saudação mariana recitada pelo Senhor Nosso Deus usando, como instrumentos, o seu Anjo Mensageiro Gabriel e, posteriormente, Isabel.
A primeira parte da oração da Ave Maria foi recitada pelo Anjo Gabriel quando levou à Maria o convite para que ela fosse a mãe de Deus. Gabriel, entrando na casa onde estava Maria, dirige-se à Maria saudando-a e dizendo: “Ave Maria, cheia de graça, o senhor é contigo.” (Lc 1,28).
Depois, quando Maria visita sua parenta Isabel  e, na ocasião “...Isabel ficou cheia do Espírito Santo”, (Lc 1,41), e nesse estado supremo de graça, Isabel recita a segunda parte da oração bíblica da Ave Maria, e diz: “bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre.’ (Lc 1,42). Juntando as palavras do Anjo com as de Isabel e, considerando que ambos foram inspirados pelo próprio Espírito do Senhor Nosso Deus,  temos, então: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1,28; 1,42).
Esta primeira parte da oração da Ave Maria é totalmente bíblica é tudo o que é bíblico é inspirado pelo Senhor; e mais ainda: a primeira oração da Ave Maria foi recitada pelo próprio Senhor Nosso Deus pois que o Anjo só disse o que o Senhor lhe determinara dizer e Isabel, quando disse a sua parte, estava “...cheia do Espírito Santo” (Lc 1,41), e, quem está cheio do Espírito Santo só diz e repete o que Deus determina e o que for do agrado do Senhor. A oração da “AVE MARIA” foi recitada pela primeira vez pelo Senhor Nosso Deus.
A oração da Ave Maria é recitada e repetida pelos cristãos desde os primórdios do cristianismo. E a confiança, o grande amor, veneração e respeito que os cristãos devotam a Maria, e conscientes de que ela intercede por eles a Jesus Cristo em suas dificuldades, como aconteceu nas bodas de Caná, fez com que eles acrescentassem mais uma parte nessa oração e, como num grito de súplica, como que pedindo socorro por estarem trilhando esse vale de lágrimas, acrescentaram: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora, e na hora de nossa morte, amém.
A primeira parte da oração da Ave Maria é de louvores à Maria, feita pelo Senhor; a segunda parte é de súplica, feita pelos homens.
Depois da oração do Pai Nosso não existe oração mais conhecida entre os cristãos do mundo inteiro que a oração da Ave Maria.
Desde o início da Igreja multidões e multidões a repetem sem cessar e sempre com uma confiança redobrada na intercessão de Maria junto a seu Filho, como ela já havia feito no casamento de Caná  (Jo 2,1-12), na certeza que seus problemas serão resolvidos, seja de saúde, financeiro, familiar, ou confirmação da fé.

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