14 DE
JUNHO
BEM-AVENTURADA
IOLANDA DA POLÔNIA - 1235-1299
Iolanda, ou Helena, como foi
chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, filha de Bela
IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada
Cunegundes. Além disso, era sobrinha de santa Isabel da Hungria, também da
Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus
primórdios, pois a família descendia de santa Edwiges, santo Estêvão e são
Ladislau. Porém é claro que Iolanda não se tornou santa só porque vinha de toda
essa tradição extremamente católica e repleta de santos. Não basta ter o
caminho da fé apontado para entrar-se nele. É preciso que todo o ser o aceite e
o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua,
como ela fez. Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes,
que se casara, então, com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, o
Casto.
Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar
com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o duque de Kalisz,
conhecido como "o Pio". Foi uma época de muita alegria para o povo
polonês, que viu nas duas estrangeiras pessoas profundamente bondosas, cristãs,
justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns
anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade. Primeiro morreu o rei,
ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha
então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o
convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas
logo seriam seguidas por Iolanda. Muitos anos se passaram e as três damas
cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno
para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em
1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o Ocidente, ao convento das
clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como
superiora, no dia 14 de junho de 1298. Amada pela população, seu culto ganhou
força entre os fiéis do Leste europeu e difundiu-se por todo o mundo católico
ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros, pelos milagres e
graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827, o papa Urbano VIII autorizou a
beatificação e marcou a festa litúrgica para o dia do seu trânsito.
São lembrados também neste dia:
São Rufino, São Eliseu e Santa Digna.
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