quinta-feira, 7 de junho de 2012

SÃO GERALDO TINTORI




06 DE JUNHO
SÃO GERALDO TINTORI
Até o ano do seu nascimento 1135, os hospitais que surgiram na Europa foram a maioria por obra de religiosos. Mas o de Monza, sua cidade natal, em 1174, quem o fez nascer foi ele, Gerardo Tintori. Ele investiu toda a fortuna que herdou do seu pai, um nobre muito rico, nos doentes abandonados. Colocou a Obra sob o controle da Prefeitura e dos religiosos da igreja de São João Baptista, e reservou para si o trabalho mais exaustivo: carregar nas costas os doentes recolhidos nas ruas, banha-los, alimentá-los e serví-los. Alguns voluntários se juntaram a ele, que os organizou como um grupo de leigos, unidos entretanto por uma disciplina de vida celibatária. Gerardo era considerado Santo ainda em vida por todos os habitantes da cidade. A tradição diz que ele conseguiu impedir uma enchente do rio Lambro, salvando o hospital da inundação; que também enchia as despensas prodigiosamente com alimentos, e a cantina com vinho.
A ele eram atribuídos outros pequenos prodígios, envoltos de delicadeza e poesia: consta que Gerardo pediu aos sacristãos da igreja que o deixassem fazer penitência rezando toda a noite dentro dela, prometendo para eles cestas de cerejas frescas e maduras. E no dia seguinte, de fato, entregou as cerejas maduras para todos. Todavia era o mês de dezembro, nevava e não era a época das cerejas maduras. Quando ele morreu, no dia 06 de junho de 1207, começaram as peregrinações à sua sepultura, na igreja de Santo Ambrósio, mais tarde incorporada à paróquia da igreja com seu nome. Correu a voz popular contando outros milagres atribuídos à sua intercessão e seu culto se propagou entre os fiéis. O reconhecimento canônico de sua santidade só foi obtido por iniciativa do Bispo de Milão, Carlos Borromeu, hoje Santo, que encaminhou o pedido à Roma. Em 1583, foi proclamada sua canonização pelo Papa Gregório XIII. São Gerardo Tintori é um dos padroeiros da cidade de Monza, e seus compatriotas lhe dedicaram, no século XVII, um monumento; e até hoje o chamam de "Pai da cidade". Na igreja de São João Batista em que ele fazia orações e penitências, pode ser visto seu retrato pintado, onde está representado vestindo roupas surradas, descalço e com uma cesta de cerejas maduras, como as que distribuiu naquela noite de inverno europeu.
São lembrados também, neste dia: São Norberto, Santa Paulina e São Marcelino Champagnat. 

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