27 DE JUNHO
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO
SOCORRO
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um dos títulos conferidos a Maria, Mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino. Ela é a Senhora da morte e a Rainha da
Vida, o Auxílio de nos cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu
auxílio com amor filial. Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no
braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro
cravos e uma cruz. devoção a
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi e continua sendo difundida pelos padres
da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. No Brasil, a
devoção alcançou uma grande popularidade. Foi no ano de 1870 que a devoção a
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por
todo o mundo.
A pintura do
quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão. Um ícone
célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso dos
redentoristas, na Via Merulana.
Desde o ano de
1499 é venerada na Igreja de São Mateus, que segundo contam, veio de Creta,
Grécia, pelas mãos de um negociante. O quadro foi levado num oratório dos
padres Agostinianos em 1812, quando o velho Santuário foi totalmente demolido.
No ano de 1865
os Redentoristas obtiveram das mãos do Papa Pio IX, o quadro da imagem
milagrosa. O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocado na Igreja
de Santo Afonso, em Roma. A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura
bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta
composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de
ícones. A tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido
panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do
menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da
mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em
posição frontal: num braço ela segura o menino Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro,
aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”. Na representação da Virgem da
Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro
de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e
o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29). Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe,
enquanto uma sandália lhe cai do pé. Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras
gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY”
são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos
correspondem à abreviatura de seus nomes.
O ícone da Mãe de Deus da Paixão é muito difundido no Oriente Bizantino.
Exemplares desta representação encontram-se nos museus de Atenas, Moscou, Creta,
Leningrado e no Instituto Helênico de Estudos
Bizantinos e Pós-bizantinos de Veneza.
A devoção no Ocidente à Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro deve-se à ação dos Missionários Redentoristas que difundiram esta
prática religiosa em suas áreas de atuação.
Outros nomes são atribuídos a esse ícone, como Virgem
da Paixão, Madona de Ouro, Mãe dos Missionários Redentoristas, Mãe dos Lares Católicos. O mais difundido no ocidente é Mãe do Perpétuo
Socorro.
São comemorados também neste dia:
São Cirilo de Alexandria, São Ladislau e Santa Madalena Fontaine.
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