JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II, PROCLAMADOS SANTOS
“O Papa
Bom”, João XXIII, e o “Papa Peregrino”, João Paulo II, estão sendo proclamados
santos da nossa Igreja neste dia de 27 de abril de 2014.
Dia 27 de
abril de 2014, Festa da Divina Misericórdia, o Senhor reserva à sua Igreja
Santa, Católica, Apostólica e Romana um mimo de sua infinita bondade: a
canonização, ou seja, passam a ser santos dois papas, João XXIII, o papa bom e
João Paulo II, o papa pop. O primeiro trouxe ao trono de Pedro a humildade e a
proximidade com o povo; o segundo rejuvenesceu a Sé apostólica com seu carisma
e seu poder de sedução junto às multidões.
O papa João
XXIII nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e
província de Bergamo (Itália), e nesse mesmo dia foi batizado com o nome de
Ângelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de
camponeses e de tipo patriarcal.
Depois da
morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o
nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos,
apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento,
empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de
misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes,
recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário
sentimento de paternidade para com todos. Por sua idade foi tomado como um papa
de transição, mas surpreendeu o mundo com a convocação para o Concílio Vaticano
II (1962-1965) e propiciou para que se vivesse em uma Igreja aberta ao mundo.
O papa João
Paulo II nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, sul da Polônia. Seu pai
Karol Wojityla, era um militar do exército austro-húngaro, sua mãe Emília Kaczorowsky,
uma jovem siciliana de origem lituana, e um irmão adolescente de nome Edmund.
Em 15 de
outubro de 1978, o Cardeal polonês Karol Wojtyla é eleito como o sucessor de
São Pedro, rompendo com a tradição de 456 anos de eleger Papas de origem
italiana.
Em 22 de
outubro de 1978 foi investido como Sumo Pontífice, assumindo o nome de João
Paulo II. Foi eleito sucessor do papa João Paulo I, recém-empossado (tinha sido
eleito em agosto e falecido em setembro). Sua eleição foi marcada por dois
fatos incomuns na história do papado: ele era um pastor e não um diplomata ou
membro da hierarquia do Vaticano, e, principalmente, não era italiano (como
reagiria o povo romano diante de um papa estrangeiro?).
Quando lhe
perguntaram, no final solene do conclave, se aceitava o cargo, o novo papa
declarou: “Com obediência de fé em Cristo, meu Senhor e, confiando na Mãe de
Cristo e da Igreja, não obstante as muitas dificuldades, eu aceito.”
Entrou para
a história pelo seu carisma e pelas viagens que fez aos quatro cantos do mundo
encontrando com diversas pessoas e comunidades. Foi um grande missionário, um
evangelizador universal, comunicador, fecundo no apostolado da palavra e dos
seus escritos.
O Papa João
Paulo II, também conhecido como “João de Deus”, o “Papa do Povo” e “Papa dos
Jovens”, “o Papa Pop” deixou um legado de mais de 26 anos de pontificado à
frente da Igreja de Jesus Cristo.
João Paulo II
teve o terceiro pontificado mais longo da história da Igreja. Foi papa durante
26 anos, 5 meses e doze dias, ficando apenas atrás de São Pedro que governou a
Igreja de 34 a 37 anos de acordo com a tradição, e do Beato Pio IX, que ficou
no pontificado durante 31 anos, 7 meses e 16 dias. O Papa João Paulo II,
impulsionado pelo Espírito Santo, assumiu para si a missão de levar a presença
de Cristo até os confins da terra. João Paulo II foi o “Papa Peregrino” por
excelência, pois fez mais de 250 viagens apostólicas pelo mundo todo. No seu
pontificado visitou o México (janeiro de 1979), Polônia (junho de 1979), Nova
York, ONU (outubro de 1979, Brasil (junho/julho de 1980 - outubro de 1991 - outubro
de 1997), além de muitas outras nações.
Por sua vez, o
Papa João XXIII era conhecido por sua bondade e alegria, e escancarou as portas
da Igreja para que entrasse um renomado sopro do Espírito Santo. Convocou o
Concílio Vaticano II. No caso de João XXIII o papa Francisco abriu mão da
exigência da realização de um segundo milagre para a canonização. Essa dispensa
normalmente é reservada para os mártires, quando os candidatos a santos morrem
em defesa da fé.
Apesar de terem
tido uma duração bem diferente nos seus pontificados (João XXIII governou a
Igreja por 4 anos e meio e João Paulo II por mais de 26 anos), os dois
pontificados guardam um grande ponto em comum: “Ambos eram muito próximos do
povo. Gostavam de falar para as multidões, davam especial atenção às crianças,
idosos e doentes”, conforme disse o Cardeal José Freire Falcão, emérito de
Brasília.
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