sexta-feira, 25 de abril de 2014

SÃO MARCOS EVANGELISTA

SÃO MARCOS EVANGELISTA


De origem pouco conhecida, reconhecido como autor do segundo evangelho e considerado fundador da igreja do Egito e também fundador da cidade italiana de Veneza. Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém.
Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a Eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.
Seu nome aparece nas epístolas de Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que enviavam saudações de Roma. A principal fonte de informações sobre sua vida está no livro Atos dos Apóstolos.
Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém (ano de 44) trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At 11,30). Acompanhou Barnabé e Paulo a Antioquia (At 12,25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de Paulo, mas voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília.
        Depois ele e Barnabé teriam embarcado para a ilha de Chipre (At 13,4-5), na sua primeira viagem apostólica, porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos.
De Chipre passou a evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos, separou-se de Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém (At 13,13). Voltou a Chipre (50) acompanhado apenas de Barnabé (At 15,39) e depois foi para Roma como colaborador de Paulo, prisioneiro naquela cidade (Cl 4,10; Fm 24).
É possível que tenha deixado Roma antes da perseguição de Nero (ano de 64), pois depois no ano de 67, o apóstolo Paulo, prisioneiro pela segunda vez, escrevia a Timóteo pedindo-lhe que levasse consigo, de Éfeso para Roma, o seu discípulo e colaborador, já que este lhe era muito útil em seu ministério (2Tm 4,11).
Em Roma, também entrou em contato com Pedro, pois este, dirigindo-se aos fiéis do Ponto, da Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, saúda-as em nome do evangelista, a quem afetuosamente chama de filho (1Pd 5,13). Provavelmente escreveu em Roma o Evangelho entre os anos de 50-70 que traz o seu nome e que compila e reproduz a catequese de Pedro. Seu Evangelho destinou-se aos cristãos provenientes do paganismo e tem um estilo simples e vigoroso e com seus 661 versículos, é o Evangelho menos extenso.
O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança. Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho. Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Marcos escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa.
O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas. Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.
Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica.
Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de Pedro e Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram. Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa.
Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828. Na Itália seu nome está ligado à cidade de Veneza, para onde mercadores venezianos provenientes de Alexandria, transportaram o que diziam ser as suas relíquias (828). Seu símbolo como evangelista é o leão e a Igreja Católica festeja seu dia em 25 de abril, data em que o evangelista teria sido martirizado.

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