terça-feira, 30 de setembro de 2014

COMO DEVEMOS REZAR

COMO DEVEMOS REZAR


Orar é a maneira que temos de conversar, de nos comunicar com Deus Pai em nome de Jesus Cristo.        Toda oração feita com fé, humildade e no mais profundo do coração, não tenhamos dúvidas, o Senhor Nosso Deus está nos ouvindo e, com certeza, de acordo com a sua Santíssima Vontade e Providência Divina, atenderá as nossas súplicas.
O escritor sagrado nos garante isso, quando diz: “Pois o Senhor é um juiz que não faz acepção de pessoas. Ele não considera as pessoas em detrimento ao pobre, ouve o apelo do oprimido. Não despreza a súplica do órfão, nem da viuva que derrama seu pranto. Não correm as lágrimas da viuva pelas faces e o seu grito não é contra aquele que as provoca? Aquele que serve a Deus de todo o seu coração é acolhido e o seu apelo sobe até as nuvens. A oração do humilde penetra as nuvens e enquanto não chega lá, ele não se consola. Não se retirará dai enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos, fizer justiça aos justos, restabelecer a equidade.” (Eclo 35,12-18).
  Encontramos passagens de incentivo e perseverança à oração em todas as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento está repleto de extrema confiança e esperança total na vinda do Reino de Deus e, por isso, os escritores sagrados não se cansam de nos incentivar na prática da oração constante, dando-nos a certeza de que o Senhor Nosso Deus está sempre atento aos nossos pedidos e súplicas, aos pedidos dos pobres, dos humildes, dos injustiçados, dos sofredores, dos órfãos, das viúvas, dos desamparados, enfim, o Pai ouve sempre as súplicas daqueles que não encontram consolo neste vale de lágrimas, porque: “A oração do humilde penetra as nuvens.” (Eclo 35,17).
       O Salmista reforça essa afirmativa: “Yahweh tem os olhos sempre sobre os justos e os ouvidos atentos ao seu clamor. [...] Eles gritam, Yahweh escuta e os liberta de suas angústias todas. Yahweh está perto dos corações contritos, ele salva os espíritos abatidos.” (Sl 34 (33),16.18-19).
As Sagradas Escrituras é, por si só, um livro de orações, e, dentre os livros das Sagradas Escrituras, o livro que é, por excelência, de orações, é o livro dos Salmos. Ali encontramos orações de pedidos, de súplicas, de alegrias, de tristezas, de extremo contentamento, de extrema angústia e agonia, de agradecimentos, de louvores e ações de graças.
Jesus orienta seus apóstolos e discípulos a serem perseverantes na oração e nos garante que Deus Pai Todo Poderoso jamais fica indiferente aos pedidos de quem reza com fé, humildade, amor e confiança mostrando, dessa maneira, a eficácia da oração: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha e ao que bate se lhe abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai , que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedem!” (Mt 7,7-11).
Jesus narra a parábola do juiz iníquo e da viuva pobre (Lc 18,1-7), e deixa claro como a viuva, insistente nos seus apelos, foi atendida pelo juiz injusto. Se o juiz mau atendeu  aos apelos insistentes da pobre viuva, será que o Senhor, que é o Pai de Misericórdia, deixará de atender aos nossos pedidos? Ainda em Lucas, 11, 5-13, Jesus narra a parábola do vizinho impertinente que, altas horas da noite, bate com insistência na porta de seu vizinho pedindo pão para atender às visitas inoportunas e, de tanto insistir, foi atendido.
E Jesus, com suas próprias palavras, nos ensina como deve ser formulada a oração: “E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora ao teu Pai ocultamente; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6,5-8).
E, ao encerramento dessa preleção, Jesus ensina aos apóstolos, discípulos e a todos os cristãos de todos os tempos e lugares, e a nós, cristãos de hoje, como devemos nos dirigir ao Pai, colocando em poucas palavras tudo o que pode e deve ser pedido: “Portanto, orai desta maneira: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos exponha à tentação, mas livra-nos do maligno. Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também vosso Pai Celeste vos perdoará; mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.” (Mt 6,9-15).
Como é suave e confortador nos entregarmos nas mãos misericordiosas de Deus Pai, por meio de Jesus Cristo, na certeza de que ele jamais nos desampara e está sempre atento às nossas necessidades.             A nossa vida deve ser uma constante oração.
Tudo o que fizermos deve ser transformado em oração; quer comendo, quer bebendo, quer se divertindo, quer trabalhando, quer conversando, tudo, tudo pode e deve ser transformado em oração, desde que façamos tudo em NOME DO SENHOR JESUS.
“Com orações e súplicas de toda a sorte, orai em todo tempo, no Espírito, e para isso vigiai com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Ef 6,18).

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