COMO DEVEMOS REZAR
Orar é a
maneira que temos de conversar, de nos comunicar com Deus Pai em nome de Jesus
Cristo. Toda oração feita com fé,
humildade e no mais profundo do coração, não tenhamos dúvidas, o Senhor Nosso
Deus está nos ouvindo e, com certeza, de acordo com a sua Santíssima Vontade e
Providência Divina, atenderá as nossas súplicas.
O escritor
sagrado nos garante isso, quando diz: “Pois
o Senhor é um juiz que não faz acepção de pessoas. Ele não considera as pessoas
em detrimento ao pobre, ouve o apelo do oprimido. Não despreza a súplica do
órfão, nem da viuva que derrama seu pranto. Não correm as lágrimas da viuva
pelas faces e o seu grito não é contra aquele que as provoca? Aquele que serve
a Deus de todo o seu coração é acolhido e o seu apelo sobe até as nuvens. A
oração do humilde penetra as nuvens e enquanto não chega lá, ele não se
consola. Não se retirará dai enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos, fizer
justiça aos justos, restabelecer a equidade.” (Eclo 35,12-18).
Encontramos passagens de incentivo e
perseverança à oração em todas as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento está
repleto de extrema confiança e esperança total na vinda do Reino de Deus e, por
isso, os escritores sagrados não se cansam de nos incentivar na prática da
oração constante, dando-nos a certeza de que o Senhor Nosso Deus está sempre
atento aos nossos pedidos e súplicas, aos pedidos dos pobres, dos humildes, dos
injustiçados, dos sofredores, dos órfãos, das viúvas, dos desamparados, enfim,
o Pai ouve sempre as súplicas daqueles que não encontram consolo neste vale de
lágrimas, porque: “A oração do humilde
penetra as nuvens.” (Eclo 35,17).
O Salmista
reforça essa afirmativa: “Yahweh tem os
olhos sempre sobre os justos e os ouvidos atentos ao seu clamor. [...] Eles gritam, Yahweh escuta e os liberta de
suas angústias todas. Yahweh está perto dos corações contritos, ele salva os
espíritos abatidos.” (Sl 34 (33),16.18-19).
As Sagradas
Escrituras é, por si só, um livro de orações, e, dentre os livros das Sagradas
Escrituras, o livro que é, por excelência, de orações, é o livro dos Salmos.
Ali encontramos orações de pedidos, de súplicas, de alegrias, de tristezas, de
extremo contentamento, de extrema angústia e agonia, de agradecimentos, de louvores
e ações de graças.
Jesus orienta
seus apóstolos e discípulos a serem perseverantes na oração e nos garante que
Deus Pai Todo Poderoso jamais fica indiferente aos pedidos de quem reza com fé,
humildade, amor e confiança mostrando, dessa maneira, a eficácia da oração: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis;
batei e vos será aberto; pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha e ao
que bate se lhe abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe
pedir pão? Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois
maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai , que
está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedem!” (Mt 7,7-11).
Jesus narra a
parábola do juiz iníquo e da viuva pobre (Lc 18,1-7), e deixa claro como a
viuva, insistente nos seus apelos, foi atendida pelo juiz injusto. Se o juiz
mau atendeu aos apelos insistentes da
pobre viuva, será que o Senhor, que é o Pai de Misericórdia, deixará de atender
aos nossos pedidos? Ainda em Lucas, 11, 5-13, Jesus narra a parábola do vizinho
impertinente que, altas horas da noite, bate com insistência na porta de seu
vizinho pedindo pão para atender às visitas inoportunas e, de tanto insistir,
foi atendido.
E Jesus, com
suas próprias palavras, nos ensina como deve ser formulada a oração: “E, quando orardes, não sejais como os
hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e
nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já
receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e,
fechando a porta, ora ao teu Pai ocultamente; e o teu Pai, que vê o que está
oculto, te recompensará. Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como
fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão
ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes
necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6,5-8).
E, ao
encerramento dessa preleção, Jesus ensina aos apóstolos, discípulos e a todos
os cristãos de todos os tempos e lugares, e a nós, cristãos de hoje, como
devemos nos dirigir ao Pai, colocando em poucas palavras tudo o que pode e deve
ser pedido: “Portanto, orai desta
maneira: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu
reino, seja feita a tua vontade na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos
hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos
devedores. E não nos exponha à tentação, mas livra-nos do maligno. Pois, se
perdoardes aos homens os seus delitos, também vosso Pai Celeste vos perdoará;
mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos
delitos.” (Mt 6,9-15).
Como é suave e
confortador nos entregarmos nas mãos misericordiosas de Deus Pai, por meio de
Jesus Cristo, na certeza de que ele jamais nos desampara e está sempre atento
às nossas necessidades. A
nossa vida deve ser uma constante oração.
Tudo o que
fizermos deve ser transformado em oração; quer comendo, quer bebendo, quer se
divertindo, quer trabalhando, quer conversando, tudo, tudo pode e deve ser
transformado em oração, desde que façamos tudo em NOME DO SENHOR
JESUS.
“Com orações e súplicas de toda a sorte,
orai em todo tempo, no Espírito, e para isso vigiai com toda perseverança e
súplica por todos os santos.” (Ef 6,18).
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