quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

QUAL O PESO DE SUA CRUZ?


QUAL O PESO DE SUA CRUZ?



Geralmente achamos a nossa cruz pesada, e sempre reclamamos disso. E, bem a propósito, vale aqui registrar uma pequena estória. 
Certo cidadão vivia reclamando dos seus problemas, da sua cruz. Achava que a sua cruz era pesada demais e que as dos outros sem se comparavam com a sua por considerá-las leves. Determinado dia ele foi reclamar com o próprio Senhor Jesus sobre o peso de sua cruz, e Jesus, em sua infinita misericórdia e paciência, o leva até um campo onde estavam depositadas milhares de cruzes, e diz ao reclamante que escolhesse uma para si. Ele se pôs a procurar uma bem leve, passando por entre gigantescas cruzes de todos os tamanhos e pesos, até encontrar uma bem pequenina que se encontrava num canto. Feliz da vida ele a pega diz para Jesus: “Senhor eu troco a minha cruz por essa.” Jesus, então, lhe diz: “Não há como trocar, meu filho, essa cruz é a sua mesmo, da qual você tanto reclama”. Veja como os teus irmãos tem cruzes muito mais pesadas que a sua, e nenhum deles vem aqui reclamar de seus pesos porque as aceitam com resignação e amor, e esses terão a sua recompensa no céu.      
     Isso é apenas uma pequena ilustração, mas que serve para aqueles que só sabem reclamar dos seus problemas, ignorando os problemas dos irmãos, que resignadamente, aceitam as suas cruzes.
Repito: se quisermos seguir Jesus, devemos tomar a nossa cruz de cada dia. Aceitar o dia como ele é.  Problemas, preocupações, desilusões, sempre as teremos.  Faz parte do nosso dia-a-dia. 
A nossa cruz de cada dia é a nossa própria vida vivida minuto a minuto, com todas as suas alegrias e tristezas, realizações e frustrações, saúde e doença, felicidade e desilusões, e tudo o mais o que a vida nos oferece a cada momento. 
A nossa cruz  de cada dia se apresenta de muitas maneiras, de vários modos, tamanhos e lugares diversos; mas, qualquer que seja o seu tamanho e o seu peso, devemos tomá-la com amor, sem reclamar, assim como fez o próprio Jesus, e, como Jesus, devemos carregá-la rumo ao nosso Calvário, porque, se não passarmos pelo Calvário, jamais subiremos com Jesus no monte Tabor para a transfiguração e jamais chegaremos à glória da ressurreição. 
Se quisermos nos livrar da cruz para termos uma vida mais cômoda, a nossa vida não terá nenhum valor; mas, se abraçarmos a nossa cruz e com isso deixarmos de viver as alegrias frívolas e futilidades que o mundo nos oferece, estamos salvando a nossa vida e reservando o nosso cantinho ao lado do Cristo Senhor na casa do Pai. 
Pedro, Apóstolo, sem dúvida, estava inspirado pelo Espírito do Pai quando escreveu: “É louvável que alguém suporte aflições, sofrendo injustamente por amor de Deus. Mas que glória há de suportar com paciência, se vocês são bofeteados por terem errado? Ao contrário, se, fazendo o bem, vocês são pacientes no sofrimento, isso sim constitui uma ação louvável diante de Deus. Com efeito, para isto é que vocês foram chamados, pois que também Cristo sofreu por vocês, deixando para vocês um exemplo, a fim de que sigam os seus passos. Ele não cometeu nenhum pecado; mentira nenhuma foi achada em sua boca. Quando injuriado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava, antes, punha a sua causa nas mãos daquele que julga com justiça.  Sobre o madeiro, levou os nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Por suas feridas vocês foram curados, pois vocês estavam desgarrados como ovelhas, mas agora vocês retornaram ao Pastor e Supervisor de vossas almas.” (1Pd, 2,19-25).

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