segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A EXPECTATIVA DE MARIA.



A EXPECTATIVA DE MARIA.


Durante nove meses a Santíssima Virgem Maria trouxe consigo, dentro de seu ventre, o Filho de Deus que se fazia homem. Durante nove meses a Santíssima Virgem Maria foi o sacrário vivo  da Majestade Infinita. 
O Filho de Deus se fez homem no seio da Virgem, e por isso, o Filho de Deus é também o Filho da Virgem Maria. 
O Filho de Deus formou-se no seio de Maria como qualquer ser humano forma-se no seio de sua mãe. 
O Filho de Deus alimentou-se do sangue da Virgem Maria, formou sua carne no ventre de Maria e fez com que a Virgem tivesse as indisposições normais de uma gravides normal; pulou no ventre da Virgem como qualquer criança sadia pula no ventre de sua mãe, fez com que o corpo da Virgem sofresse as alterações normais do corpo de uma mulher quando está grávida: o ventre cresceu, as pernas, em determinados períodos se incharam , o andar da Virgem durante a gravides foi cuidadoso, a respiração ofegante, tendo sempre mal estar e precisando repousar com frequência, como qualquer mulher grávida. 
Então nada foi diferente a gravides da Virgem com a gravides de qualquer mulher que espera seu filho. Durante nove meses a Virgem Maria viveu a expectativa do nascimento de seu Filho, que era também o Filho de Deus. 
Podemos imaginar os colóquios amorosos, as conversas carinhosas da Santíssima Virgem com o Tesouro que ela portava e trazia dentro de si.
        Podemos imaginar os momentos de oração e êxtase que a Virgem Maria passava no seu silêncio, conversando com aquele que é Deus e se formava homem dentro de seu ventre; aquele que se humilhava  e tomava a natureza humana para que todos os humanos tomassem a filiação divina.
Podemos imaginar os cuidados  da Virgem nas suas longas viagens, primeiramente indo de Nazaré até a casa de Isabel, em uma cidade na região montanhosa de Judá, quando já estava grávida, depois, saindo de Nazaré e indo até Belém, e, desta feita, já no fim de sua gravides. 
Podemos imaginar a entrega total da Virgem nas mãos de Deus quando, em Belém, ela e José procuravam um lugar para descansar e já o Menino prestes a nascer, e não encontraram lugar nas casas de família, nos hotéis, nas hospedarias, e tiveram que recorrer a um curral de animais para passar a noite, e ali o Menino Jesus acaba nascendo. 
Podemos imaginar quando a Virgem toma o Menino Jesus pela primeira vez nos braços, quando ela se sentiu recompensada por todos os sacrifícios, por todas as ingratidões dos homens, por todas as preocupações e por toda a indiferença que sofreu durante todo o tempo de espera do seu amado Filho. 
Depois de nove meses de incompreensões, incompreensão até da parte de José, na época seu noivo e agora seu esposo; depois de um final de gravides agitado, tendo de fazer uma viagem de mais ou menos oitenta quilômetros e por caminhos perigosos, a Virgem se sente recompensada porque agora tem em seus braços aquele que o mundo esperava desde o início dos tempos, aquele que Deus Pai prometera  através dos santos e dos profetas do Antigo Testamento; aquele que era esperado por todo povo para ser a salvação de Israel, a glória de Judá e o Mediador entre Deus e os homens. 
Agora a Virgem Maria tem em seus braços o Filho de Deus que se fez homem para que todos os homens se tornassem filhos de Deus; o filho que ela tem em seus braços é também o Filho de Deus. 
Podemos imaginar como agora ela o aperta em seus seios, e ela o beija, consciente que está beijando o seu filho que é também o Filho de Deus, e que é, portanto, Deus, um Deus que é seu Filho. 
Se não fosse por Maria não teríamos Jesus, não teríamos a Salvação. Se Maria não tivesse dito o seu “sim” não teríamos no nosso meio, como um de nós, o Filho de Deus.   
Se Maria não se fizesse “a escrava do Senhor”, a Salvação não nos teria chegado. 
Como devemos amar Maria. Como devemos lhe agradecer o presente que ela deu à humanidade na noite do Natal. 
Devemos nos entregar nas mãos da Santíssima Virgem Maria assim como o Filho de Deus, que se fez homem, se entregou confiantemente. Devemos nos alimentar da vida espiritual de Maria assim como o Filho de Deus se alimentou com o seu leite materno. 
O Filho de Deus confiou totalmente em Maria, e é esse o exemplo  que ele nos dá: como ele, devemos confiar totalmente e sem restrições em Maria. 
O Filho de Deus veio até nós por meio de Maria, e todos nós devemos chegar ao Filho de Deus, ao próprio Deus, por meio de Maria. Vamos todos a Jesus, mas conduzidos pelas mãos virginais e maternais de Maria...

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