terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MARIA, OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.


MARIA, OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.


            “Tudo o que se realizou em Maria foi por obra do Espírito Santo. A Virgem Maria é aquela mulher que, à sombra da potência da Santíssima Trindade, foi a criatura mais estreitamente  associada à obra da salvação. A Encarnação do Verbo verificou-se sob o coração virginal de Maria por obra do Espírito Santo. Em Maria começou a raiar a aurora da nova humanidade que, com Cristo, se apresentava ao mundo para levar a termo o plano original da aliança com Deus que foi infringida pela desobediência do primeiro homem. E Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria. Maria, dando o seu consentimento à palavra divina, se tornou Mãe de Jesus, e abraçando de todo o seu coração e sem impedimento algum de pecado a vontade de salvação de Deus, se consagrou totalmente como serva do Senhor à pessoa e à obra de seu Filho. E por isso Maria não foi utilizada como instrumento passivo, meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou livremente, pela fé e obediência, na salvação dos homens.” (LG 56). 
        “E é muito belo que, assim como Maria esperou com essa fé a vinda do Senhor, de modo semelhante também, neste final do segundo milênio, Maria esteja  presente a iluminar a nossa fé nessa perspectiva de Advento de Jesus Cristo. [...] E, nessa esperança de tempos novos, recordemos que a obra de renovação da Igreja não poderá nunca realizar-se senão no Espírito Santo, ou seja, com a ajuda de suas luzes e do seu poder. Lembremo-nos, ainda, que “a maior obra realizada pelo Espírito Santo, obra a qual todas as outras se referem constantemente, indo ela haurir  como a uma fonte, é precisamente a obra da encarnação do Verbo Eterno, a obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria.” (João Paulo II). 
Maria, por obra e graça do Espírito Santo, se tornou Mãe de Jesus Cristo e, consequentemente, Mãe de Deus. “Cristo, Redentor do homem e do mundo, é o centro da história; Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre.” (Hb 13, 8). 
“E, nesse momento em que os nossos pensamentos e os nossos corações se acham voltados para Maria na perspectiva do segundo milênio que está para se encerrar e que nos separa da sua primeira vinda ao mundo, com isso eles se voltam para o Espírito Santo, por obra do qual se verificou a concepção humana do mesmo Cristo; e se voltam também para aquela por quem foi concebido e de quem nasceu; voltam-se para a Virgem Maria.” (João Paulo II).

Assim, os nossos pensamentos e os nossos corações se voltam de modo especial para o Espírito Santo e para a Mãe de Deus, Maria. Glorificamos a maternidade divina da Virgem Maria, e, simultaneamente, glorificamos a particular obra do Espírito Santo. Obra que se concretizou, quer na concepção e no nascimento do Filho de Deus por obra do Espírito Santo, quer ainda e igualmente por obra do Espírito Santo na maternidade santíssima da Virgem Maria. 
Esta maternidade não é só fonte  e fundamento de toda a santidade excepcional de Maria e de sua particularíssima participação em toda a economia da salvação, mas estabelece também um permanente vínculo materno de Maria com a Igreja, devido ao fato de Maria ter sido escolhida pela Santíssima Trindade para ser a mãe de Cristo,  o qual é a “cabeça do corpo, que é a Igreja.” (Cl 1, 18). 
Este vínculo revela-se, particularmente, aos pés da cruz, onde Maria esteve “padecendo profundamente com seu Filho Unigênito, e associando-se com coração de Mãe ao sacrifício dele... 
Jesus Cristo, que agonizante na cruz deu Maria por mãe ao seu discípulo, com esta palavras: “mulher, eis ai o teu filho.” (Jo 19, 26-27 - LG 58 - João Paulo II). (Irmão José Milson - Marista.). 
E é por isso que devemos sempre repetir: “Salve Santa e Imaculada e Gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe de Igreja. Salve obra maravilhosa do Espírito Santo.

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