OS PRESENTES DOS MAGOS E A ESTRELA DE BELÉM, OS INOCENTES
O incenso é a homenagem e o reconhecimento da onipotência do Senhor Jesus.
Através do ouro reconheceram em Jesus “O HOMEM”, a sua humanidade e através do incenso reconheceram a sua natureza divina, o Filho do Pai Eterno, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
A mirra é uma planta do oriente de onde se extrai uma goma aromática que os antigos usavam para embalsamar os corpos de seus entes queridos falecidos; a mirra foi, portanto, um preito àquele que “Foi oferecido em sacrifício, porque ele mesmo quis, e não abriu a sua boca; como uma ovelha que é levada ao matadouro, como um cordeiro diante do que o tosquia, guardou silêncio e não abriu sequer a boca.” (Isaías, 53, 7). “Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas, ele mesmo carregou as nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa das nossas iniquidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se extraviou por seu caminho; e o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós.” (Isaías, 53, 4-6).
A mirra foi um preito à Vítima que seria condenada à morte, carregando no seu sacrifício supremo todos os pecados do gênero humano. O ouro, o incenso e a mirra são o símbolo do amor, da oração e da morte.
A estrela que brilhou e levou os magos até onde estava o Menino Deus continua brilhando para nós, ainda hoje, e para todo o sempre: essa estrela é a nossa consciência que, cada vez que praticamos o bem e respeitamos o próximo, nos leva até Jesus e, ao contrário, quando descumprimos os mandamentos do Senhor ela se apaga e desaparece...
Os magos são para nós o maior exemplo de fé e perseverança. Não sabemos exatamente de onde vieram os magos, mas de uma coisa temos certeza: eles vieram de muito longe, de tão longe que o Senhor Nosso Deus os equipou de um guia especial: uma estrela diferente brilhando no firmamento para orientá-los nessa longa jornada e conduzi-los e orientá-los até onde estava o Messias, e eles tinham certeza que, seguindo aquela estrela encontrariam o Rei dos Reis, a Salvação. Não desistiram. Não sabemos por quanto tempo, mas caminharam até encontrar o “Rei dos judeus” anunciado em todo o Antigo Testamento. Tiveram fé, acreditaram e encontraram a Salvação.
Não se intimidaram com o sanguinário Herodes: “E, avisados por Deus em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.” (Mt 2,12). A atitude de Herodes ao se ver ludibriado pelos magos, tomamos conhecimento por Mateus: “Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos magos, irou-se em extremo, e mandou matar todos os meninos, que haviam em Belém, e em todos os seus arredores, da idade de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos magos.” (Mt 2,16), isso numa tentativa extremamente criminosa e desesperada de que, no meio dos meninos com menos de dois anos de idade que fossem sacrificados à espada estivesse também o “Rei dos Judeus recém-nascido”.
Tristemente mais uma profecia é cumprida: “Isto diz o Senhor: foram ouvidas no alto vozes de lamentação, de pranto e de choro, são de Raquel, que chora os seus filhos e não quer ser consolada acerca deles, porque já não existem.” (Jr 31,15).
Que triste ironia: os magos vem de longe para adorarem e proclamarem o nascimento do Messias e partem, deixando atrás de si sangue, desolação, morte e desespero provocado pela ganância, sede de poder e autoritarismo de um débil mental que não mediu consequências para se manter no poder... Nesse episódio todo da visita dos magos ao menino Jesus temos a segunda manifestação do Senhor Jesus à humanidade, e todas as duas de maneira maravilhosa: a primeira, quando nasceu, Anjos descem dos céus e anunciam aos pastores o nascimento do Senhor, se manifestando assim em primeiro lugar ao povo judeu que, naquela oportunidade, eram representados pelos pastores.
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