sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

MARIA, MÃE DE DEUS.


MARIA, MÃE DE DEUS.



No dia primeiro de janeiro, no primeiro dia de cada ano, a primeira festa litúrgica comemorada pela nossa Santa Igreja é dedicada à Maria, sob o título de “Mãe de Deus”. 
A Igreja começa o ano festejando Maria e invocando-a sob o título de “Mãe de Deus”. Não poderia a Igreja ter feito uma escolha melhor. Quando festejamos Maria como a “Mãe de Deus”, estamos adorando ao Senhor Nosso Deus, estamos agradecendo ao Senhor pela mulher que ele mais amou e que escolheu para ser a sua própria mãe. Muitos querem negar esse título a Maria. 
Os que negam Maria como sendo verdadeiramente a Mãe de Deus, ainda não foram tocados pela graça de Deus, porque somente quem é tocado pela graça de Deus pode dizer que Jesus é o Senhor e que Maria é a mãe do Senhor Jesus, e, portanto, a Mãe de Deus. 
Quem nega que Maria é a Mãe de Deus está negando a divindade do próprio Senhor Jesus, porque Maria é a Mãe de Jesus nas suas duas naturezas, humana e divina, e Maria, sendo mãe de Jesus homem é também Mãe de Jesus Deus, e, portanto, Maria é Mãe de Deus, porque o Senhor Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, porque, na pessoa de Jesus estão contidas as suas duas naturezas: a divina e a humana.
       Se Maria é a mãe de Jesus é mãe também de suas duas naturezas, porque, em Jesus não pode ser separado o divino do humano. 
Maria foi escolhida por Deus desde toda a eternidade para ser a ponte que ligaria o Criador às criaturas e, através desta ponte nos viria a salvação. 
       E assim, como Jesus que é Deus veio até nós por meio de Maria, somente por meio de Maria chegaremos a Jesus; foi o próprio Senhor quem escolheu esse caminho para chegar até nós e o exemplo, quem nos deixa é o próprio Senhor Nosso Deus; se ele escolheu Maria para chegar até nós, nós também temos de escolher Maria para chegar com mais facilidade até ele. 
Jesus confiou em Maria; Jesus se entregou aos cuidados de Maria durante nove meses em seu ventre virginal e imaculado e durante trinta anos em sua casa pobre e humilde de Nazaré; e nós devemos nos entregar aos cuidados de Maria a vida inteira seguindo o exemplo do próprio Senhor Jesus que a escolheu como Mãe. Neste mundo nenhuma criatura foi tão elevada, tão agraciada e tão honrada pelo Senhor Nosso Deus do que a Bem-aventurada sempre Virgem Maria. A nossa Igreja a venera e lhe dá todos os títulos que uma mulher possa ter e receber. 
Maria se fez escrava, e o Senhor fez da escrava uma rainha. E, para ser a Mãe de Deus, Maria foi preparada pelo próprio Senhor Nosso Deus desde a sua concepção no ventre de sua mãe. 
Maria foi concebida sem a mácula do pecado original; em momento nenhum de sua vida, aquela que deveria ser a Mãe de Deus esteve, um segundo sequer, sob o poder do demônio. 
Maria nasceu isenta do pecado que é a herança de todos os homens, o pecado original, e em toda a sua vida jamais cometeu um pecado, por menor que seja porque, o sacrário vivo onde tomou a natureza humana o Filho único do Pai, não poderia ser maculado de forma alguma, pois nele, por nove meses o divino se tornaria humano, um Deus se faria homem para que todos os homens se tornassem filhos de Deus. Aquela que deveria ser a Mãe de Deus não poderia jamais ficar sob o poder do demônio. 
O demônio jamais teve poder sobre Maria, e Maria é mais poderosa que todos os demônios juntos. Ao nome de Maria os infernos tremem, ao pronunciarmos nome de Maria os demônios fogem horrorizados. Quem se consagra a Maria, quem se consagra totalmente aos cuidados de Maria, está protegido contra os ataques do maligno, porque, nunca se ouviu dizer que qualquer pessoa que tenha se consagrado inteiramente a Maria tenha sido por ela desamparado ou tenha se perdido eternamente, conforme ensinava São Bernardo. Maria é a Mãe de Deus, porque Maria é a Mãe de Jesus, e Jesus é Deus. Jesus amou Maria com todas as forças do seu Divino Coração, e nós devemos seguir esse exemplo de Jesus; devemos amar Maria com todas as forças do nosso coração. É um exemplo que o próprio Senhor Jesus nos dá e nos incentiva a imitá-lo. 
E Maria, sendo a Mãe de Deus, permaneceu sempre Virgem, porque o Senhor Nosso Deus quis guardar para si, somente para si, intacto e inviolado aquele corpo onde ele, Deus, foi gerado como homem, aquele corpo que o protegeu e o carregou por nove meses, aquele corpo que o formou com sua carne, fez correr em suas veias o seu sangue e o alimentou com o seu leite materno. 
Maria é a sempre Virgem, porque nenhum homem poderia ter tocado aquele corpo que serviu de instrumento e sacrário vivo para que Deus se tornasse homem e viesse habitar entre nós. Maria é verdadeiramente concebida sem o pecado original; Maria é verdadeiramente a sempre Virgem; Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus, quer queiram quer não queiram os inimigos da Igreja e de Maria, porque, quem negar essas verdades estará negando o grande poder de Deus que fez Maravilhas em Maria, e por isso o seu nome é santo. Não podemos nos esquecer que, como disse São Luiz Maria de Monfort: “não pode esperar a misericórdia de Deus quem ofende a sua Mãe” (Monfort)
Quem negar esta verdade está contradizendo o que está contido no Evangelho de Lucas quando descreve a visita de Maria à Isabel: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: ‘Você é bendita entre todas as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a MÃE DO MEU SENHOR me venha visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”. (Lc 1,41-45). 
Isabel disse que a mãe do seu Senhor lhe fora visitar. Que é o Senhor de Isabel, senão Deus? E quem é Maria, que visitou Isabel, senão a mãe de Deus?

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