SANTA
MARIA BERTILLA BOSCARDIN - 1888-1922
Uma simples
camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases,
sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca
de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai se
manifestar em cada detalhe da nossa vida.
A prova
disso foi a beatificação da Irmã Maria Bertilla, pelo Papa Pio XII, em 1952,
quando ele disse: “É uma humilde camponesa”. Era ela, que nasceu na família dos
Boscardin, em 06 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália e recebeu
o nome de Ana Francisca, no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua
infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos
filhos e filhas de agricultores dessa época.
Aos
dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no convento das
Irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de
Maria Bertilla. Paralelamente estudou e se diplomou como enfermeira, de modo
que pôde tratar os doentes com ciência e fé, os quais assistia com carinho de
irmã e mãe. Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na
oração e na obediência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com
todos: doentes, médicos e superiores. Mas, era submetida a constantes
humilhações por uma superiora.
Depois, foi
enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha
apenas vinte e dois anos de idade quando além de enfrentar a doença no próximo
teve que enfrentá-la em si mesma também. Logo foi operada de um tumor e, antes
que pudesse se recuperar totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra
vez. As humilhações pessoais continuavam, agora associadas as dores físicas.
Naquela
época estourou a Primeira Guerra Mundial, a cidade de Treviso ocupava uma
posição militar estratégica, estando mais sujeita a bombardeios. Era uma
situação que exigia dedicação em dobro de todos no hospital. Irmã Maria
Bertilla surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa
e enfermeira, no tratamento dos feridos de guerra.
Porém, seu
mal se agravou e, aos trinta e quatro anos sofreu a segunda cirurgia, mas não
resistiu e morreu, no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.
O Papa João
XXIII canonizou como Santa Maria Bertilla Boscardin, em 1961. O culto em sua
homenagem ocorre no dia de sua morte. Junto à sua sepultura na Casa mãe da
congregação em Vicenza, há sempre alguém rezando porque precisa da santa
enfermeira para tratar de males dos mais diversos, e a ajuda, pela graça de
Deus, sempre chega.
São comemorados
também, neste dia: Santa Madalena de Nagasaki, Santo Artêmio, São Contardo
Ferrine e Santa Iria, Santas Marta, Saula e companheiras (virgens e mártires de
Colônia), São Máximo de Áquila (martir).
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