quinta-feira, 13 de outubro de 2016


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Os esclarecimentos que se tem, sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos, se deve graças a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Genova que escrevera ao Irmão Elias de Cortona, comunicando o destino glorioso dos missionários. Este documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e fazem parte dos arquivos da Igreja.
O Irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos, navegaram da Itália para a Espanha, desejosos de se transferirem para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens Ordens franciscanas. Fortalecidas pela memória de São Francisco, que morrera no ano anterior. O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região, os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanecia na Espanha, se transferiram para a cidade de Ceuta no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nas nos inúmeros mercados de Pisa, Genova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.
       Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do Sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do Sultão que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então condenou à morte os sete franciscanos que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos destroçados. Todavia, os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.
O Papa Leão X em 1516 canonizou como Santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas mortes.
São comemorados também, neste dia: Bem-aventurada Alexandrina Maria da Costa, Santo Eduardo, Santa Celidônia, São Geraldo de Aurilac, São Bertoldo de Cambrai (bispo), São Carpi de Trôade (discípulo do Apóstolo Paulo), Santa Celidônia de Subiaco (virgem). 

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