segunda-feira, 28 de maio de 2018

A ESCOLHA DE DEUS RECAIU SOBRE MARIA, A MAIS POBRE.

A ESCOLHA DE DEUS RECAIU SOBRE MARIA, A MAIS POBRE.

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Vamos procurar ver Maria como a viram os primeiros cristãos com os dados que os Santos Evangelhos lhe forneceram – Maria mulher – Maria esposa – Maria dona de casa – Maria humilde – Maria doce – Maria meiga – Maria pobre.
No tempo de Maria, como hoje, deveriam existir mulheres que se destacavam na sociedade, na política, no poder, na riqueza. Mulheres que, sem dúvida, poderiam oferecer ao Filho de Deus um palácio com todas as mordomias,  ao invés de uma gruta úmida e fria; poderiam oferecer um berço de ouro, ao invés de um cocho de animal como primeiro leito; aquecedores de ar ao invés do respirar quente dos animais para aquecer o recém-nascido.
Mulheres que poderiam providenciar e determinar para que as primeiras visitas ao Filho de Deus recém-nascido fossem os mais ricos e poderosos  monarcas que existiam na terra naquele tempo, ao invés de as primeiras visitas serem, como foram, pobres e humildes pastores, descamizados e descalsos, sem ter um teto para pernoitar.             Mas, a Divina Providência age diferentemente dos pensamentos humanos.
Deus não quis para o seu Filho um palácio, já que o mundo inteiro é seu.
O Senhor não quis para o seu Filho um berço de ouro, já que tem a abóboda celeste para lhe servir de suporte dos pés.
Deus não quis para o seu Filho um aquecedor de ar para aquecê-lo, já que os ventos que sopram dos quatro cantos do Universo obedecem as suas ordens, obedecem a sua voz.
         
Deus não quis para visitar seu Filho pela primeira vez ricos monarcas e poderosos reis e nem esnobes gentes da sociedade, porque ele é o Rei dos Reis, e todos os reinos do mundo lhe pertence. Deus não quis para mãe de seu filho uma mulher rica, poderosa, da sociedade, porque sabia que no coração dessas mulheres não havia lugar para a Vida que deveria ser vivida pelos homens e para a Verdade que seria transmitida a toda a humanidade, porque os corações das mulheres ricas estariam encharcados e inchados das coisas da terra e não teriam espaços para as coisas do céu.
Para ser a mãe de seu Filho, o Senhor não procurou mulheres em palácios ou sociedades, mas procurou a mais pobre, a mais humilde exatamente numa das mais  pobres e humildes casas de Nazaré, na Galiléia. Para a mãe de seu Filho, o Senhor não escolheu a mulher mais rica da terra, mas aquela que estava mais familiarizada com as coisas do céu.
Deus não escolheu uma mulher comprometida com a sociedade e com o mundo, com o coração cheio das preocupações passageiras e apegado demais as coisas que perecem – mas escolheu uma mulher com o coração desapegado, um coração pobre, um coração que ele sabia, poderia não entender o que estivesse acontecendo mas que se submeteria dócil e livremente a vontade de Deus, ainda que isso lhe custasse as mais cruciantes dores.
E Jesus Cristo foi exigente na escolha de sua mãe. Nós não escolhemos a mãe que temos, embora agradecemos a Deus pelas mães que ele nos deu, mas o Senhor Jesus teve um privilégio a mais que nós – ele teve o privilégio de poder escolher a sua mãe, e nisso ele foi exigente, porque escolheu a mais bela, a mais pura, a mais santa, a mais imaculada, a mais inviolável, e, além de tudo isso, a mais humilde.
Maria foi pobre em toda a extensão da palavra. Não só teve espírito de pobre, mas viveu a pobreza materialmente com todas as suas consequências.
Ela se sentiu um instrumento humilde e pobre para os planos do Providência. E foi exatamente por isso que o Senhor a julgou apta para operar nela as suas maravilhas.
Poderia haver algo de mais pobre do que uma Virgem para ser mãe? Deus opera as suas maravilhas nos pobres, humildes e corações desapegados das coisas do mundo, e Maria preencheu em tudo os desejos do Pai.
E por isso pedimos – Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja, nossa Mãe, dai-nos sermos pobres e humildes e voltados somente para as coisas do Pai. Sede o espelho onde devemos nos mirar para estarmos de acordo com a vontade do Pai.

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