quarta-feira, 2 de maio de 2018

JESUS NOS ESPERA NA PRAIA

JESUS NOS ESPERA NA PRAIA

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Jesus já havia ressuscitado e aparecido aos seus apóstolos por duas vezes. Os apóstolos, por duas vezes, já haviam sentido a alegria intensa de confirmar que as palavras, promessas e profecias do Senhor Jesus haviam se realizado em toda a sua dimensão.
Mas ainda não sabiam muito bem o que deveriam fazer, já que o Senhor Jesus havia sido crucificado, morto na cruz, e, no momento estava ausente, então, deveriam continuar com a sua vida de pescadores e, por isso, certa noite, Pedro, João Tomé, Tiago, Natanael, e mais dois discípulos de Jesus, que o Santo Evangelho não diz os nomes, saíram para pescar.
Mas, naquela noite, não pescaram nada, não pegaram nenhum peixe sequer. Eles estavam distribuídos em dois barcos, e depois de tentarem a noite toda e nada terem conseguido, e com o dia amanhecendo, eles voltaram para a praia, cansados, sem peixes e desiludidos.   

Ao chegarem na praia observaram que  alguém os estava observando de longe e, pelo visto, os estavam esperando. Esse alguém gritou para os que estavam nos barcos: “Moços, vocês tem alguma coisa para comer? E eles responderam: “Não”.” Então, aquela pessoa que estava na praia, tornou a dizer: “Lancem a rede à direita do barco que vocês irão pegar peixes.”
Os apóstolos devem ter achado graça dessa ordem do desconhecido, e talvez, para que eles pudessem se divertir mais às custas daquele desconhecido, lançaram a rede do lado direito do barco, na certeza que não pegariam nenhum peixe, como acontecera a noite toda.. E o Evangelho de João, um dos que estavam ali, naquela ocasião, continua narrando assim esse episódio: “Então eles lançara a rede. E não conseguiram puxá-la para fora de tanto peixe que pegaram”.
A partir daí, João, o discípulo que Jesus amava, reconheceu que quem estava na margem do lago, reconheceu que aquele desconhecido que lhes estava falando, era Jesus, e, imediatamente disse à Pedro: “É o Senhor. Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, amarrou uma roupa na cintura, porque estava nu, e se jogou na água. Os outros discípulos vieram no barco, que estava a uns cem metros da margem, arrastando a rede com os peixes. Ao chegarem na praia contaram os peixes da rede: eram cento e cincoenta e três grandes peixes. Apesar de tantos peixes, a rede não se arrebentou.” (Jo, 21,1ss).
Jesus, algum tempo antes, enquanto pregava no mesmo lago já havia feito outra pescaria milagrosa na frente de uma multidão de pessoas que o ouviam. Agora repete a pescaria milagrosa, mas, no amanhecer de um novo dia, e somente para alguns de seus apóstolos e discípulos, entre eles, os seus apóstolos mais queridos. Eles haviam tentado pescar durante toda a noite, mas Jesus não estava com eles, e eles não conseguiram pescar coisa alguma.
Eles trabalharam a noite toda, fizeram todo o possível para, na escuridão da noite, nas trevas da madrugada colher o fruto de seu trabalho, apanhar peixes que era a única coisa que eles sabiam fazer para os seus sustentos e os sustentos de suas famílias, mas Jesus não estava com eles e eles nada conseguiram.
Quando o dia começou a clarear, quando a luz começou a expulsar as trevas do grande lago, no início da claridade de um novo dia, Jesus aparece e lhes dá uma ordem, eles, ainda que descrentes, cumprem a ordem, e enchem a rede de um número muito grande de grandes peixes, e, apesar da grande quantidade de peixes, a rede não se rompeu.
Era Jesus quem dizia, de outra maneira, aquilo que ele, Jesus, cansara de dizer  aos seus apóstolos e discípulos enquanto caminhava com eles pelas empoeirentas e ensolaradas estradas da Palestina: “Sem mim vocês nada poderão fazer.” Não adianta insistirmos em ficar nas trevas jogando as nossas redes, tentando de toda maneira colher o fruto do nosso trabalho se não tivermos como nosso orientador ou passageiro do nosso barco o próprio Senhor Jesus.
E quando o Senhor Jesus chega e nos orienta, as trevas se dissipam, a luz ilumina a nossa vida, a certeza do sucesso é patente e colhemos frutos abundantes.
E, apesar da quantidade dos frutos, apesar do peso e do tamanho dos peixes, a nossa rede não se arrebentará, porque o Senhor Jesus está ali para garantir o sucesso do nosso trabalho.  
Os apóstolos pescaram a noite toda, mas não desanimaram.
Às vezes nós levamos a nossa cruz a vida inteira, e parece que tudo é em vão, parece que estamos perdendo tempo, parece que todos se esqueceram de nós, parece até que o próprio Senhor Jesus se esqueceu de nós, já não está mais conosco, mas quando estamos desistindo de lutar, de trabalhar, de pescar, e já estamos nos aproximando da praia para desistir de tudo, alguém estará lá, nos esperando, alguém que tem o poder de dissipar as trevas e trazer um novo dia para a nossa vida.
Alguém que tem o poder de encher as nossas redes vazias de esperança, de confiança, de amor e de perseverança.
E como Pedro, quando deparamos com esse alguém que não é outro senão Jesus, e reconhecermos nesse alguém o próprio Senhor Jesus, nós nos sentiremos nus, porque, diante de Deus nós estaremos sempre despidos de boas obras, de sua graça, mas, como Pedro, nós nos vestiremos, nos atiraremos nas águas e nadaremos até onde está aquele que tudo pode e tudo nos dá por amor.
Se ainda estivermos no meio de escuridão da noite dentro do nosso barco no meio do grande lago da vida e nos parecer que estamos perdidos e que nada conseguiremos fazer, não podemos e nem devemos nos desesperar: para cada noite existe uma nova manhã que nos encontraremos Jesus na praia e, com ele, como fizeram os apóstolos, comeremos pão e peixe que ele mesmo assou no fogo da esperança de dias melhores.
Vamos todos a Jesus, mas conduzidos pelas mãos virginais e maternais de Maria...

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