NOSSA SENHORA DAS
DORES DO CALVÁRIO
Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa
Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias,
Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do
Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata
Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos plúrices títulos
pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação
particularmente cultuada em Portugal.
O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em
1221, no Mosteiro de Schonau, na Germânia.
Em 1239,
a sua veneração no dia 15 de setembro teve início em
Florençam na Itália, pela Ordem dos Servis de Maria, Ordem dos Servos de Maria
(Ordem Servita).
A
sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa
no quadro da Pietá. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas
tirado da cruz.
É o momento
que se reveste da incomensurável dor uma paixão humana e espiritual única: a
conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte na cruz é o ponto culminante da
Redenção.
Em 1667 a Ordem dos Servitas,
inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no
século XIII instituíram a "Companhia de Maria Dolorosa") obteve a
aprovação da celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, esta festa foi
celebrada também com o título de Nossa Senhora da Piedade e A compaixão de
Nossa Senhora, tendo sido promulgada por Bento XIII (1724-1730) a festa com o
título de Nossa Senhora das Dores, e que durante o pontificado de Pio VII foi
acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.
Foi o Papa Pio
X que definiu a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos
especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título
nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz
que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz,
isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e
sofredor de Jesus e Maria.
Eis porque
hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus
e nossa. A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as
sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados
pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de
Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus
para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto,
somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os
evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e
ressurreição de Jesus.
As sete dores de Maria - Deve o seu nome às Sete
Dores da Virgem Maria: - A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas 2, 34-35) – A
fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21); - O desaparecimento do
Menino Jesus no Templo durante três dias (Lucas 2, 41-51); - O encontro de
Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas 23, 27-31); - Maria observando o
sofrimento e morte de Jesus na cruz (João 19, 25-27); - Maria recebe o corpo do
filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61); - Maria observa o corpo do filho a ser
depositado no Santo Sepulcro (Lucas 23, 55-56).
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