terça-feira, 1 de maio de 2018

SÃO JOSÉ OPERÁRIO - PADROEIRO DOS TRABALHADORES

SÃO JOSÉ OPERÁRIO - PADROEIRO DOS TRABALHADORES

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O papa Pio XII a instituir a festa de "São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho em quase todo o planeta. Foi no dia 1º. de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade. Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.
São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando são José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março, onde sua história pessoal é relatada.
No Jornal do Brasil do dia 30 de abril de 2014, Dom Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ, escreveu o seguinte artigo sobre São José: A memória de São José Operário vem-se celebrando liturgicamente desde 1955. A Igreja recorda assim – seguindo o exemplo de São José e sob o seu patrocínio –, a valorização do ser humano e a questão sobrenatural do trabalho. Todo o trabalho humano é colaboração com a obra de Deus Criador, e, por Jesus Cristo, converte-se na medida do amor a Deus e da caridade com os outros em verdadeira oração e em apostolado. Quanto ao título São José Operário - ele trabalhou a vida toda para sustentar a Sagrada Família e depois ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida pela humanidade. É uma inspiração para este dia primeiro de maio, que recorda a luta dos trabalhadores do mundo todo pleiteando respeito a seus direitos.  Foi uma das motivações que levou o Papa Pio XII a instituir a festa de “São José Trabalhador”, em 1955, na mesma data em que se comemora o Dia do Trabalho em quase todo o planeta. Foi no primeiro de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos à época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia massacrou-os sem piedade. Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual.
São José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade. A Igreja, ao apresentar-nos São José como modelo, não se limita a louvar uma forma de trabalho, mas a dignidade e o valor de todo o trabalho humano honrado. Na primeira Leitura da Missa, lemos a narração do Gênesis em que o homem surge como participante da Criação. A Sagrada Escritura também nos diz que Deus colocou o homem no jardim do Éden para que o cultivasse e guardasse. O trabalho foi desde o princípio um preceito para o homem, uma exigência da sua condição de criatura e expressão da sua dignidade. E a forma como colabora com a Providência Divina sobre o mundo. “Enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão” (Gn 1, 28). Porém, com o pecado original, a forma dessa colaboração sofreu uma alteração como consequência do pecado: “com fadiga te alimentarás dela todos os dias da tua vida... Comerás o pão com o suor de teu rosto” (Gn 3, 17-19). É frequente observar que a sociedade materialista dos nossos dias valoriza o que produz e aprecia os homens “pelo que ganham”, pela sua capacidade de obter um maior nível de bem-estar econômico. É hora de todos nós, cristãos, anunciarmos bem alto que o trabalho é um dom de Deus, e que não faz nenhum sentido dividir os homens em diferentes categorias, conforme os tipos de trabalho, considerando umas ocupações mais nobres do que outras. O trabalho, todo o trabalho, é testemunho da dignidade do homem, do seu domínio sobre a criação; é o meio de desenvolvimento da personalidade; é vinculado de união com os outros seres; fonte de recursos para o sustento da família; meio de contribuir para o progresso da sociedade em que se vive e para o progresso de toda a humanidade. Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano ao proteger Jesus, e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
São José ensina-nos a realizar bem o ofício que nos ocupa tantas horas: as tarefas domésticas, o laboratório, o arado ou o computador, o trabalho de carregar pacotes ou de cuidar da portaria de um edifício... A categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade...
Contudo, São José, enquanto trabalhava, tinha Jesus diante de si. Jesus deve ter-lhe ajudado em seu trabalho. Quando se sentia cansado, olhava para o seu filho, que era o Filho de Deus, e aquela tarefa adquiria aos seus olhos um novo vigor, porque sabia que com o seu trabalho colaborava com os planos misteriosos, mas reais, da salvação. Peçamos-lhe, hoje, que ele nos ensine a ter a presença de Deus e a exercer a caridade que ele teve enquanto exercia o seu ofício.
E não nos esqueçamos da Virgem Maria, a quem vamos dedicar com muito amor este mês de maio que hoje começa. Não nos esqueçamos de oferecer em sua honra, nestes dias, alguma hora de trabalho ou de estudo, e, principalmente o Santo Rosário, oração contemplativa que nos faz entrar na história da salvação. Orani João, Cardeal Tempesta. O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

A devoção  a São José na Igreja Católica é antiquíssima. A Igreja do Oriente celebra-lhe a festa desde o século nono, tendo os Carmelitas introduzido tal festa na Igreja ocidental. Os Franciscanos, em 1399, já festejavam a comemoração do santo Patriarca. O Papa Xisto IV inseriu-a no breviário e no missal; Gregório XV generalizou-a em toda a Igreja. Clemente XI compôs o ofício com os hinos para o dia 19 de março e colocou as missões da China sob a proteção de São José. Pio IX introduziu, em 1847, a festa do Patrocínio de São José e, em 1871 declarou-o Padroeiro da Igreja Católica; Leão XIII e Benedito XV recomendaram aos fiéis a devoção a São José, de um modo particular, chegando este último Papa a inserir no missal um prefácio próprio.
Nada sabemos a respeito  da infância de São José, tampouco da vida que levou, até o casamento com Maria Santíssima. Os santos Evangelhos não nos dizem coisa alguma a respeito; limitam-se apenas a afirmar que  José era justo, o que  quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo. Que a virtude e santidade de São José foram extraordinárias, vemos pela grande missão que Deus lhe confiou. Segundo a Doutrina de São Tomás de Aquino, Deus confere as graças e privilégios à medida da dignidade e da elevação do estado, a que destina o indivíduo. Pode imaginar-se dignidade maior que a de São José que, pelos desígnios de Deus, devia ser esposo de Maria Santíssima e pai nutrício de seu divino Filho?  Que morte santa terá tido o pai nutrício de Jesus! Que felicidade morrer nos braços do próprio Jesus Cristo, tendo à cabeceira a Mãe de Deus! Mortal algum teve igual ventura. A Igreja com muita razão invoca São José como padroeiro dos moribundos e os cristãos se  lhe dirigem com confiança, para alcançar a graça de uma boa morte.
Não existem relíquias de S. José, tampouco sabe-se algo do lugar onde foi sepultado.
Homens ilustrados e versados nas ciências teológicas houve e há  que defendem a opinião que São José, em atenção a sua alta posição e grande santidade, foi, como São João Batista, santificado antes do nascimento e já gozava de corpo e alma da glória de Deus no céu, em companhia de Jesus, seu Filho e Maria, sua Santíssima esposa. Grande deve ser a nossa confiança na intercessão de São José. Não há pessoa, não há classe que não possa, que não deva se lhe dirigir. Santa Tereza, a grande propagandista da devoção a São José, chegou a dizer: "Não me lembro de ter-me dirigido a São José, sem que tivesse obtido tudo que pedira". 

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