SANTO
ALBERTO MAGNO - +1280
Um ser pleno
de virtudes, ciência, sabedoria e fé inabalável, grandioso em todos os
sentidos. Frei dominicano, pregador eloquente, magistral professor das ciências
naturais e das doutrinas da fé, escritor, fundador, bispo e, finalmente, doutor
da Igreja. Sim, essas qualificações pertencem a santo Alberto Magno, um dos
mais importantes da Igreja e da humanidade.
O grande
filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansável do encontro da
ciência com a fé, e que se destacou, principalmente, pela humildade e caridade.
Escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências naturais - como a
filosofia, a química, a física, e a botânica -, além de inúmeros tratados sobre
as artes práticas - como tecelagem, navegação, agricultura. Foi, sobretudo, um
profundo observador e amante da natureza.
Por tudo isso,
ainda em vida era chamado de "o Magno" por seus contemporâneos.
Entretanto, ainda jovem, quase desistiu da vida religiosa, sentia dificuldades
no entendimento do estudo da teologia. Mas segundo ele próprio, foi Nossa
Senhora que o fez perseverar.
Devotíssimo da
Virgem Maria, durante as orações ela o teria aconselhado a não desistir, pois,
se o fizesse, pouco a pouco os dons que tinha recebido lhe seriam tirados.
Desde então, dizia: "Minha intenção última está na ciência de Deus".
E sem dúvida,
a forma rápida e fácil como aprendia tudo e a clareza com que pregava,
explicava e ensinava, eram dons divinos. Nascido em 1206, na Alemanha, Alberto
pertencia à influente e poderosa família Bolsadt, rica, nobre, cristã e de
tradição militar. Piedoso desde a infância, Alberto recebeu uma educação muito
aprimorada, digna dos nobres.
Porém sempre
deixou evidente a sua preferência pelos estudos das ciências naturais e pela
religião às alegrias fúteis da Corte. Aos dezesseis anos, foi para a
Universidade de Pádua, na Itália, onde, sob a tutela de Maria, completou os
estudos superiores.
Em 1229,
tornou-se frade dominicano pregador. Lecionou nos principais pólos de cultura
europeus de sua época, Itália, Alemanha e França. Em Paris, atraiu tantos
estudantes e discípulos que teve de lecionar em praça pública. Que passou a ser
chamada de praça Maubert, graças a santo Alberto Magno.
O nome é uma
derivação de Magnus Albert, e existe até hoje. Lá, entre seus discípulos,
estava santo Tomás de Aquino, outro dominicano cuja importância não é menor. Em
1254, eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha, abriu mão da cátedra
de Paris para ficar na comunidade dominicana sob sua direção, quando demonstrou
todo o seu espírito de monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da
Alemanha sempre a pé e pedindo esmolas no caminho para alimentar-se. Assim, ele
fundou vários conventos, além de renovar os já existentes.
Em 1260, foi
nomeado bispo de Ratisbona, ocupando o cargo por dois anos, quando pediu
exoneração. Não estava interessado no poder e sim no saber, voltou para a vida
simples no convento que ele fundara e ao ensino na Universidade de Colônia. Já
entrado nos setenta anos, foi incumbido pelo papa Urbano IV de liderar as cruzadas
na Alemanha e na Boêmia. Em 1274, teve participação decisiva na união da Igreja
grega com a latina, no segundo Concílio de Lyon.
Três anos
antes de sua morte, santo Alberto Magno começou a perder a memória. Mandou,
então, construir sua própria sepultura, e rezava o ofício dos mortos todos os
dias. Morreu, serenamente, no dia 15 de novembro de 1280.
O papa Pio XI
canonizou-o proclamou-o doutor da Igreja em 1931. Dez anos depois, o papa Pio
XII declarou-o padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.
São
comemorados também: São João Licci, São Fideciano, São Gurias, Santos Samonas e
Habibi (mártires, de nominados “Confessores de Edessa), São Leopoldo da Áustria
(pai de família), São Paduíno de Lê
Mans (abade) e São Lepoldo III.
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