quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

SANTO ELÓI, O PADROEIRO DOS OURIVES

SANTO ELÓI, O PADROEIRO DOS OURIVES

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Bispo, escultor, modelista, marceneiro e ourives, Elói ou Elígio foi um artista e religioso completo. Nasceu na cidade de Chaptelat, perto de Limoges, em 588, na França. 
Seus pais, de origem franco-italiana, eram modestos camponeses cristãos com princípios rígidos de honestidade e lealdade, transmitidos com eficiência ao filho. 
Com sabedoria e muito sacrifício, fizeram questão que ele estudasse, pois sua única herança seria uma profissão. 
Assim foi que na juventude Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais conceituada da Europa da época e respeitada ainda hoje. Ao se formar mestre da profissão já era afamado pela competência, integridade e honestidade. 
Tinha alma de monge e de artista, fugia dos gastos com jogos e diversões e tudo gastava com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa, ganhando o apelidado de "o monge". Conta-se que sua fama chegou à corte e aos ouvidos do rei Clotário II, em Paris. 
Ele decidiu contratar Elói para fazer um trono de ouro e lhe deu a quantidade do metal que julgava ser suficiente. Mas, com aquela quantidade, Elói fez dois tronos e entregou ambos ao rei.
      Admirado com a honestidade do artista, ele o convidou para ser guardião e administrador do tesouro real. Assim, ele foi residir na corte, em Paris. Elói assumiu o cargo e também o de mestre dos ourives do rei. E assim se manteve mesmo depois da morte do soberano.
Quando o herdeiro real assumiu o trono como Dagoberto II quis manter Elói na corte como seu colaborador, pois lhe tinha grande estima. Logo o nomeou um de seus conselheiros e embaixador, devido a confiança em suas virtudes. 
Ele também realizou obras de arte importantes como o túmulo de Santo Martinho de Tours, o mausoléu de Santo Dionísio em Paris, o cálice de Cheles e outros trabalhos artísticos de cunho religioso. 
Além disso, e acima de tudo Elói era um homem religioso, não lhe faltou inspiração para grandes obras beneméritas e na arte de se dedicar ao próximo, em especial aos pobres e abandonados. 
O dinheiro que recebia, pelos trabalhos na corte, usava todo para resgatar prisioneiros de guerra, fundar e reconstruir mosteiros masculinos e femininos, igrejas e contribuir com outras tantas obras para o bem estar espiritual e material dos mais necessitados. 
Em 639, o rei Dagoberto II morreu. Elói então ingressou para a vida religiosa. Dois anos depois era consagrado Bispo de Noyon, na região de Flandres. Foi uma existência totalmente empenhada na campanha da evangelização e re-evangelização, no norte da França, Holanda e Alemanha. Onde se tornou um dos principais protagonistas e se revelou um grande e zeloso pastor a serviço da Igreja de Cristo. 
Durante os últimos dezenove anos de sua vida, Elói evitou o luxo e viveu na pobreza e na piedade. Foi um incansável exemplo de humildade, caridade e mortificação.A região de sua diocese estava entregue ao paganismo e a idolatria. 
Com as pregações de Elói e suas visitas a todas as paróquias, o povo foi se convertendo até que um dia todos estavam batizados. Morreu no dia 01 de dezembro de 660, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. 
A história da sua vida e santidade se espalhou rapidamente por toda a França, Itália, Holanda e Alemanha, graças ao seu amigo Bispo Aldoeno que escreveu sua biografia. A Igreja o canonizou e autorizou o seu culto, um dos mais antigos da cristandade.
A festa de Santo Elói ou Elígio, padroeiro dos joalheiros e ourives, ocorre na data de sua morte. Entretanto ele é celebrado também como padroeiro dos cuteleiros, ferreiros, ferramenteiros, celeiros, comerciantes de cavalos, carreteiros, cocheiros, garagistas e metalúrgicos. 
Também são lembrados neste dia: Santa Cândida de Roma e Bem-aventurado Charles de Foucauld, Bem-aventurada Maria Clementina Anarite Nengapeta, São Candres de Maestricht (bispo), São Castriciano de Milão (bispo), São Constanciano de Javron (abade), Santos Edmundo Campion, Alexandre Briant e Rafael Sherwin (presbíteros). 

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